Projeto 10 realiza gira técnica na Fronteira gaúcha

Arrozeiros e técnicos realizam gira técnica para debater tecnologia de manejo e evolução do Projeto 10.

A partir de hoje, os produtores envolvidos no Projeto 10 nas lavouras de arroz estarão participando de encontros em diferentes regiões produtoras do Estado. O primeiro município a entrar no roteiro de visitações é Dom Pedrito. Hoje, os orizicultores estarão voltados àquele município com o objetivo de conhecer o trabalho desenvolvido há três anos com o Projeto Experimental 10. Ainda esta semana, os arrozeiros participam da atividade de integração e informação em Uruguaiana, São Borja e Dona Francisca. O evento é coordenado pelo Associação dos Agricultores de Dom Pedrito e Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga).

O Projeto 10, que teve como pioneiro o município de Dom Pedrito, visa a elevar a produtividade média da lavoura de arroz local, passando de 6,3 mil quilos por hectare para próximo de dez mil quilos por hectare, com sustentabilidade econômica e ambiental. O princípio do Projeto 10 é o manejo integral que é dado pelo homem a todos os componentes de produção. O descuido ou inobservância de um deles, compromete os demais e reflete na produtividade desejada.

Conforme o diretor administrativo da Associação dos Agricultores, Renato Rocha, o berço do trajeto histórico do Projeto 10 está em Dom Pedrito. Ele observa que essa alternativa de produção teve início devido ao alto potencial alcançado das cultivares, da Estação Experimental do Irga local, que atingiu até 13 toneladas nos experimentos. Com esses resultados, o pesquisador do Irga, Valmir Gaedke Menezes firmou parceria com a associação e resolveram transferir os altos índices de produtividade para a lavoura do município.

Rocha explica que os pontos chaves dos procedimentos para altas produtividades são preparo do solo; semeadura, sendo importante finalizar o plantio em 10 de novembro; adubação de base, essencial à realização da análise do solo. Também deve haver controle de inços, o mais cedo possível, de dez a 20 dias após a emergência. Ainda deve ser aplicada a uréia em cobertura, antes da água de irrigação. Posteriormente, irrigação, o mais cedo possível, de dez a 20 dias após a emergência; controle de pragas, promover a segunda adubação de cobertura, controle de doenças e por fim, a ação do homem sobre o negócio.

Em todo o processo, Rocha enfatiza a importância de controlar a lavoura. “Os 75% da produção de uma lavoura de arroz irrigado dependem do manejo e das práticas conduzidas nos primeiros 45 dias após a emergência”, destaca o diretor administrativo.

DOM PEDRITO

Na cidade, estão envolvidos 14 produtores, com área plantada no projeto 10 de 578 hectares. As visitas às propriedades que aderiram a essa alternativa de produção possibilitam a descoberta de manejos mais eficientes dentro do sistema produtivo para aplicação na lavoura de cada um. “A proposta é facilitar o aumento de produtividade”, esclarece.
 

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter