Brasil pode reforçar controle sobre arroz importado
Com o aumento da oferta de arroz em casca, segundo o levantamento da Conab, os preços no Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, tiveram uma redução de 4,98% em relação à semana anterior.
A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz se reuniu nesta sexta-feira 15, na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Brasília, e decidiu reforçar o pedido ao Governo Federal para aumentar o controle fitossanitário e de pesagem do arroz importado dos países do Mercosul que chega ao Brasil pelas fronteiras no Rio Grande do Sul.
A medida já havia sido solicitada por integrantes do setor ao ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, e a representantes da Câmara de Comércio Exterior (Camex) no último dia 6.
Além dessa decisão, a Câmara também vai enviar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) uma proposta para implantação de leilões de Prêmio de Risco de Opções Privadas, onde seriam leiloadas 1,1 milhão de toneladas de arroz até setembro com um investimento do Governo Federal de R$ 80 milhões.
O preço de referência negociado entre os representantes da área governamental e do setor privado nesses leilões será de R$ 27,00 a saca de 50 quilos. A intenção é aumentar o ganho dos produtores que sofrem com uma queda de 27,19% em relação ao preço pago no mesmo período do ano passado, segundo as informações do estudo desta semana de Conjuntura Agrícola da Conab.
Com o aumento da oferta de arroz em casca, segundo o levantamento da Conab, os preços no Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, tiveram uma redução de 4,98% em relação à semana anterior. Também foi apresentando no encontro um estudo sobre as perdas no pós-colheita do arroz e que devem ser inseridas no quadro de oferta e demanda produzido pela Conab.
Durante a reunião, os membros da Câmara aprovaram um pedido de apoio ao Mapa para a realização de uma campanha de marketing para incentivar o consumo do produto combinado com feijão. Segundo o trabalho apresentado por representantes da Embrapa, teria a chancela do Governo Federal para reforçar os benefícios nutricionais dos dois produtos. Com o slogan “O Par Perfeito do Brasil”, a campanha seria vinculada durante um mês nos principais meios de comunicação do País.