Produtores avaliam dia de campo do arroz em Sinop
350 produtores de arroz do Centro-Oeste prestigiaram evento em Sinop.
A 12ª edição do “Dia de Campo do Arroz” reuniu cerca de 350 participantes, entre produtores rurais, agrônomos, técnicos e estudantes em geral, vindo de toda a região: Sorriso, Nova Mutum, Vera, Santa Carmem, Terra Nova do Norte, Lucas do Rio Verde, entre outros municípios.
O enfoque desse ano, foi a aplicação do sistema de rotação de cultura do arroz com a soja, também chamado de plantio de arroz em terras velhas. A APA – Associação dos Produtores de Arroz de Mato Grosso – defende que o arroz pode ser a cultura mais viável técnica e economicamente para se plantar em rotação, diminuindo assim o índice de doenças e pragas da soja, como a ferrugem, a mosca branca, entre outros.
A idéia foi recebida com cautela pela maioria dos produtores, mas numa avaliação geral, ficou demonstrado que é uma das possibilidades a ser implantada para dar sustentabilidade ao agronegócio. O produtor de Nova Mutum, José Carlos Menolli, disse que “é uma alternativa, mas envolve uma questão cultural do produtor. Em Nova Mutum, a maioria dos agricultores veio da região Sul e não tem essa tradição de plantar arroz em áreas velhas. Mas vamos ter que começar a criar alternativas, fazer rotação de cultura e buscar alta tecnologia, porque se produzir pouco também não compensa. Está de parabéns a APA por essa iniciativa”, disse ele.
Maurício Franceschini, produtor em Vera, disse que eventos como esse promovido pela APA são importantes no sentido de se buscar alternativas para dar sustentabilidade ao agricultor. “Tudo é viável. Num momento como esse, que estamos atravessando esse momento delicado de crise e queda no preço, qualquer alternativa que venha a somar, sempre é interessante. A organização do evento está de parabéns e vamos aproveitar ao máximo tudo que está sendo demonstrado” ressaltou.
Valder Peruzzi, produtor de soja em Sorriso, disse que a idéia apresentada no dia de campo é uma opção viável do ponto de vista agronômico mas que “precisa ser viável também do ponto de vista econômico”.
