Agudo é exemplo na produção de arroz
Em Agudo, na Depressão Central, o sistema pré-germinado representa a maior parte da área plantada e os produtores mantêm a lâmina de água durante todo o processo.
O sistema de cultivo pré-germinado é utilizado em quase todas as regiões produtoras de arroz do Estado e apresenta uma série de vantagens para os arrozeiros, que vão desde o controle de plantas daninhas até a semeadura na época adequada em condições climáticas desfavoráveis. Em Agudo, na Depressão Central, o sistema representa a maior parte da área plantada e os produtores mantêm a lâmina de água durante todo o processo, reduzindo o risco de contaminação dos mananciais.
Para orientar os arrozeiros do município, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) realiza um roteiro técnico na propriedade de Eldo Ari Karsburg nesta quinta-feira (21), em Cerro Chato, a partir das 9 horas. De acordo com o agrônomo Clairton Petry, a manutenção da lâmina de água reduz os riscos ambientais e os gastos. As pesquisas realizadas pelo Irga indicam que a produtividade da cultura não é afetada com a conservação da lâmina na lavoura desde o preparo do solo.
Agudo é um dos exemplos do bom manejo desse sistema. Lá, os produtores semeavam o arroz e retiravam a água cerca de três dias após o plantio. Petry explica que esse manejo era um mito, mas virou regra nas lavouras do município.
– A maior parte dos produtores do pré-germinado já não retiram mais a água da lavoura – diz. Os seguidos encontros, até mesmo informais, motivaram a mudança gradual, mas fiel dos produtores de Agudo.
As vantagens do sistema pré-germinado são inúmeras. Além de poder ser semeado com chuvas e condições climáticas adversas, o sistema permite a semeadura na época correta – até a primeira quinzena de novembro. Mas o principal benefício é o controle do arroz vermelho, maior praga da lavoura orizícola gaúcha. Os produtores podem, ainda, aproveitar a água das chuvas da primavera para inundar as áreas.