China apoia Moçambique no aumento da produção de arroz

Perspectiva-se que já na próxima campanha agrícola 2010/2011 a experiência seja disseminada para outras áreas.

Os produtores de arroz de Moçambique poderão começar a colher 10 toneladas de arroz por hectare ao invés dos actuais 1200 quilogramas com o apoio de cientistas da China, disse à macauhub em Maputo fonte do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Vasco Lino, director de investigação e inovação no ministério, disse que decorrem ensaios há dois anos com uma variedade de arroz chinês, numa área de 35 hectares, na província de Gaza, sul do país, sendo os resultados dessa experiência considerados promissores.

Perspectiva-se que já na próxima campanha agrícola 2010/2011 a experiência seja disseminada para outras áreas.

A propósito, o vice-governador da província de Hubei, Li Xian Sheng, que se encontra de visita a Moçambique, disse que a China vai solicitar ao governo de Moçambique a aquisição de mais áreas de cultivo de modo a produzir arroz para abastecer todo o mercado moçambicano.

"Os resultados são bons e vamos solicitar ao governo moçambicano mais áreas de produção de modo a abastecer a todo o mercado moçambicano", disse o vice-governador de Hubei, à margem da visita do Centro de Tecnologias de Boane, na província de Maputo, um projecto financiado pela China em 6 milhões de dólares.

O Centro de Investigação de Boane é considerado um dos mais modernos em África e entrará em funcionamento em Outubro próximo e nele serão feitos ensaios de adaptabilidade de cereais, hortícolas e animais idos da China.

Moçambique é detentor de potencialidades agro-ecológicas para a produção do arroz, principalmente ao longo dos regadios localizados em Matutuíne, Chókwè, Nguri, e Nicoadala.

Actualmente, Moçambique consome 600 mil toneladas por ano, quando a produção interna apenas satisfaz a procura em 285 mil toneladas, sendo as restantes 315 mil toneladas importadas.

Moçambique possui cerca de 36 milhões de hectares de terra arável, sendo que apenas cinco milhões estão em exploração.

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