Preços altos dos alimentos geram protestos em diversos países

Não é inevitável que tenhamos um grande salto real dos preços, notando também que a oferta global de arroz tem sido adequada, diz a FAO.

Embora os preços dos alimentos já tenham ultrapassado os níveis recorde de 2008, a oferta estável de arroz e os preços baixos em países em desenvolvimento podem limitar tumultos de cunho político, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Segundo a FAO, os preços altos para o consumidor são, em grande parte, reflexo dos preços internacionais no atacado.

Mas nos países em desenvolvimento que não negociam grandes volumes de grãos internacionalmente, os preços têm permanecido relativamente baixos, segundo a FAO. A FAO declarou que a produção de cereais em países em desenvolvimento aumentou 3,8% em 2010, muito mais do que em países desenvolvidos. Não é inevitável que tenhamos um grande salto real dos preços, notando também que a oferta global de arroz tem sido adequada. Quando o abastecimento de arroz é limitado, as chances de haver protestos nos países pobres são maiores do que quando se trata de outras commodities.

Há tensão em países do Oriente Médio e da Ásia com governos e com as altas dos preços dos alimentos. A Indonésia removerá as tarifas que incidem sobre as importações de trigo, soja, fertilizantes e outros itens relacionados aos alimentos até o final do ano, reforçando o combate à alta dos preços. Esta é a última medida adotada na tentativa de conter a inflação, que está se tornando uma séria dor de cabeça para o governo e também abalou a confiança de investidores estrangeiros, que detêm a maior parte dos títulos da dívida soberana.

Anteriormente, o governo indonésio já tinha removido os impostos do arroz. A nova política fiscal de importações será revisada em outubro, quando a Indonésia verificará a necessidade de prorrogá-la, caso os preços continuem elevados.

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