Usina que dá lucros
Nairo Bernardes: explica o funcionamento da usina premiada da Camil
Camil fatura em energia e com o ganho ambiental.
A usina de energia da Camil Alimentos, na cidade de Itaqui (RS), é a maior na produção de energia e recebeu no mês de julho o primeiro pagamento dos créditos de carbono, mecanismo criado para reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera. O Governo da Holanda pagou 1,5 milhão de euros, cerca de R$ 4,2 milhões, para a Camil por ela ter contribuído para reduzir a emissão de gases poluentes.
Além dos créditos de carbono, os 4,2 megawatts de energia gerados pela Camil com a casca garantem o pleno abastecimento da indústria de beneficiamento de arroz e ainda sobra cerca de um megawatt que é comercializado com a distribuidora de energia local. Para Nairo Bernardes, responsável pelo complexo da usina da Camil, o maior prêmio não é o crédito de carbono e nem a economia de energia da indústria, mas sim a qualidade ambiental. “A usina consome cerca de 200 toneladas de casca de arroz por dia. Sem a usina, toda essa quantidade de casca ficaria exposta no meio ambiente, liberando gases poluentes”, justifica Nairo Bernardes.
Atenção
Os créditos de carbono pagos para a Camil são referentes ao funcionamento da usina de biomassa entre julho de 2001 e dezembro de 2005. O prêmio pago pela Holanda é um reconhecimento pela produção de energia limpa (queima da casca de arroz) e pela ausência de contato desses detritos com o solo, que na sua decomposição libera gás metano, elemento que contribui para o efeito estufa no planeta.
Mapa das usinas de biomassa



