Irga criará soja para várzea
Desafio é buscar planta que resista ao estresse hídrico.
O Instituto Rio-grandense do Arroz quer desenvolver uma variedade de soja adaptada para as áreas de várzea. A proposta é oferecer aos arrozeiros um produto com vantagem econômica para colocar em prática as técnicas de rotação de culturas. A pesquisa está sendo feita pela agrônoma Cláudia Lange, que desde janeiro deste ano realiza o cruzamento de diferentes variedades de soja em busca de uma nova semente. Segundo Cláudia, o desafio é desenvolver um tipo de soja adaptada ao excesso de umidade dos solos de várzea.
A pesquisadora explica que as variedades disponíveis atualmente no mercado são vulneráveis aos fungos e ao tombamento provocado pelas condições hídricas das áreas normalmente cultivadas com arroz. A criação de uma nova semente é um processo lento. Os primeiros resultados concretos normalmente surgem após 12 anos de pesquisa. “Estamos agregando ferramentas de trabalho para reduzir o período de obtenção de novas gerações de sementes. Com isso, os primeiros resultados poderão aparecer em sete anos”, projeta Cláudia.
Questão básica |
A rotação de cultura é sinônimo de solo mais fértil, mas para colocar esse modelo em prática é preciso um bom sistema de drenagem do solo, além de usar plantas adaptadas às áreas de várzea. A rotação é recomendada para reduzir a infestação de plantas daninhas e incorporar nutrientes na terra. |