A pesquisa põe o pé no barro

No Projeto 10, o que há de mais avançado em manejo de lavoura é repassado aos lavoureiros
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No Projeto 10, o que há de mais avançado em tecnologia de manejo de lavoura no Irga é repassado aos lavoureiros em reuniões, dias de campo e consultas informais. A pesquisa, literalmente, põe o pé no barro das lavouras de Dom Pedrito. Todos os produtores têm em comum o conhecimento, adquirido na prática ou em faculdades de Agronomia, e o êxito na aplicação das técnicas, o que já os fazia bons produtores bem antes da entrada em funcionamento do programa. A ousadia de aceitar novos desafios e buscar maior produtividade, mesmo que isso represente um mínimo de investimentos, também conta.

O gerente regional do Instituto Rio-grandense do Arroz na fronteira-oeste, Eloy Cordeiro, informa que o engaja-mento dos produtores e a aplicação, no campo, do embasa-mento tecnológico obtido nas estações experimentais e nas unidades demonstrativas, onde a produtividade chega a 12 mil quilos de arroz por hectare, fazem a diferença. Em Dom Pedrito, a média da lavoura, antes da safra 2002/2003, chegou a 6,5 mil quilos por hectare. A diferença entre esta média e o resultado das lavouras experimentais e ensaios só ocorre no manejo e na condução da lavoura.

“Há uma defasagem entre a tecnologia aplicada na lavoura arrozeira gaúcha e as que são disponibilizadas pela pesquisa”, explica Cordeiro. O Projeto 10 é um atalho para aplicar modernas técnicas, pois os produtores estão recebendo o aporte necessário de conhecimentos tecnológicos que a pesquisa tem disponível. Isso possibilita identificar as principais razões para o diferencial de produtividade.

O que é

Este projeto foi gerado a partir de uma pergunta intrigante: por que as estações experimentais do Irga em Dom Pedrito superavam as 10 toneladas de produtividade por hectare e as lavouras dos arrozeiros que mais aplicavam tecnologia se mantinham entre seis e sete mil quilos? Se o solo é o mesmo, o clima é o mesmo, as cultivares também, a conclusão foi de que a deficiência estava no manejo e num déficit de apro- veitamento, na lavoura, das tecnologias recomendadas pelos pesquisadores.

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