Projetos de irrigação do Tocantins caminham para consolidação
Todos os seis projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, receberam incentivos, recursos e ações, seja para implantação, desenvolvimento ou revitalização.
O ano de 2012 foi histórico para os projetos de irrigação do Tocantins. Todos os seis projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, receberam incentivos, recursos e ações, seja para implantação, desenvolvimento ou revitalização. Para o próximo ano as expectativas para o setor são melhores ainda, já que é esperada a conclusão dos projetos em andamento e o desenvolvimento de outros previstos, como a revitalização do Projeto Rio Formoso, no Sudoeste do Estado. Para isso, foram liberados recursos na ordem de R$ 90 milhões pelo Governo Federal e mais a contrapartida de R$ 10 milhões do Governo do Estado, a previsão é de que as obras tenham início no primeiro semestre de 2013.
O secretário da Agricultura, Jaime Café, destaca que o balanço do ano é positivo. “Atingimos os objetivos traçados e esperamos para 2013 ainda mais investimentos e crescimento.” Segundo ele, potencial para isso não falta, já que o Estado tem mais de quatro milhões de hectares para produção agrícola irrigada.
O Governo do Estado, por meio da Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, possui, em caixa, conforme dados da Diretoria Geral de Irrigação e Drenagem, R$ 69,6 milhões para investir no setor. Além disso, já estão contratados junto a instituições financeiras, cerca de R$ 145,8 milhões.
Rio Formoso
O Rio Formoso é o projeto mais antigo do Estado. Foi construído em 1979, quando o Tocantins ainda era Norte de Goiás. O projeto utiliza sistemas de irrigação do tipo inundação e subirrigação, em uma área de 20 mil hectares para cultivo de arroz irrigado no período chuvoso, e para soja (produção de semente), milho, feijão e melancia no período seco. Mas, depois de tantos anos, o projeto precisa passar por obras de revitalização para garantir seu pleno funcionamento e também a ampliação da área beneficiada. A intenção é iniciar as obras de melhorias ainda no primeiro semestre do próximo ano. Neste ano de 2012 estão sendo realizados os projetos técnicos sobre a área.
Serão realizados a limpeza dos canais de irrigação, manutenção das barragens, recuperação dos aterros e a troca das manilhas e equipamentos sucateados. A partir da revitalização, a expectativa da Seagro é de que os produtores consigam colher até cinco safras em dois anos e ampliem a área cultivada para 28.500 hectares.
Gurita
Outra boa novidade para o próximo ano é o funcionamento do Projeto Gurita, situado em Itapiratins, Nordeste do Estado. Atualmente, está em andamento o processo de concorrência para escolha da empresa que irá se instalar na área de 203,8490 hectares composta de 11 lotes para o cultivo de agricultura irrigada e 427 hectares para o cultivo de sequeiro. A concessão terá validade de 20 anos. A fonte hídrica do projeto é o Rio Tocantins, de onde a água será captada e levada até os lotes.
Manuel Alves e São João
Para os projetos Manuel Alves e São João, situados em Dianópolis, no Sudeste, e Porto Nacional, Centro do Estado, respectivamente, as expectativas também são as melhores. A Seagro espera aumento na ocupação dos lotes dos dois projetos que estão em funcionamento e, consequente, mais produção, emprego e renda.
Segundo a Diretoria de Irrigação e Drenagem, a ocupação no Manuel Alves passou de 16% para 34% neste ano de 2012. Até 2014, a intenção é que 80% da área, do total de 3.700 hectares, esteja em produção. Para isso, o Governo do Estado está realizando nova licitação e fazendo a distribuição dos títulos aos produtores que já adquiram suas propriedades. “Neste ano fizemos ainda a contratação da empresa gestora do projeto, a Fahma; foi emitida a licença para desmatamento dos lotes empresariais e a subestação de energia entrou em operação, ou seja, muitos frutos colhidos”, declara o diretor-geral de Irrigação e Drenagem, Diego Cavalcante Fernandes.
O São João também acumula bons resultados. Com a realização de novas licitações e a entrada de funcionamento de outros setores do projeto, mais produtores passaram a ocupar a área e, consequentemente, a cultivar. Somente na propriedade do irrigante Marcelo Galati já são 3,2 milhões de pés de abacaxi, numa área plantada de 150 hectares. A colheita dos primeiros frutos começa ainda neste mês de dezembro. O produtor contou que a intenção é fazer rotação de cultura do abacaxi com banana e melancia. A área total da propriedade é de 240 hectares. No projeto de irrigação também há plantação de milho, hortaliças e grãos.
Prodoeste e Sampaio
Com o Prodoeste – Programa de Desenvolvimento da Região Sudoeste do Tocantins, o Governo do Estado tem a expectativa de produzir 648 mil toneladas a mais de alimentos oriundos da região das várzeas. Ao final da primeira etapa será um total de 48,4 mil hectares de áreas irrigadas e ao final de todas as etapas serão 300 mil hectares. Nestas áreas, será possível produzir arroz irrigado, feijão, milho, soja para semente, melancia, dentre outras culturas, através de sistema de irrigação por inundação (no período chuvoso) e de subirrigação (período de seca). Com a tecnologia será possível explorar 2,5 safras ao ano nestas áreas.
Para o Projeto Sampaio, que abrange os municípios de Sampaio, Carrasco Bonito e Augustinópolis, em 2013 deverão ser concluídas as obras do sistema de irrigação, permitindo a partir daí a abertura de licitação para as vendas dos lotes. A área piloto do projeto é de cerca de mil hectares, tendo como fonte hídrica o Rio Tocantins. São 98 lotes no total, sendo 63 para pequenos produtores e 35 empresariais. O projeto é destinado à pastagem irrigada.
2 Comentários
É lindo de ver! No Brasil central eles despejam dinheiro em projetos que já demonstraram no passado que são inviáveis, enquanto no sul do Brasil, onde os produtores já demonstraram há muito tempo sua competencia e competetividade, estamos sendo prejudicados por leilões do governo que PREJUDICAM o produtor, justo quando temos a esperança de realizar algum lucro. Isso depois de vários anos trabalando no vermelho.
O Brasil é mesmo engraçado!!!
barragem do rio do salto custa menos do que um estadio de futebol e daria muito mais retorno. Já fazem mais de vinte anos que estão nos enrolando.Este ano estamos com 90% da safra comprometida com a estiagem faz 60 dias que não chove o suficiente o arroz esta morrendo nas lavouras