Aneel aprova aumento de até 39,5% para contas de luz
Nova tarifa passa a valer a partir desta segunda-feira.
Os maiores reajustes serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Os mais baixos serão aplicados para as distribuidoras Celpe (2,2%) e Cosern (2,8%).
Os impactos da revisão serão diferentes conforme a região da distribuidora. Para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto médio será de 28,7% e, para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%. A diferença ocorre principalmente por causa do orçamento da CDE e da compra de energia proveniente de Itaipu.
Também começam a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permitem a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão.
Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o orçamento da CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu – por causa da falta de chuvas –, o resultado do último leilão de ajuste – que aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de novas cotas de energia hidrelétrica.
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— No ano passado e neste ano, o custo da energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico não está favorável, temos despachado todas as térmicas, que têm um custo mais alto — explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
A revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas. Na tarde de hoje, a Aneel também aprovou o orçamento da CDE para este ano, que prevê repasse de R$ 22 bilhões para a conta dos consumidores de energia.
Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e da maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.
Veja abaixo os percentuais de reajuste por distribuidora:
– Celpe 2,20%
– Cosern 2,80%
– Cemar 3,00%
– Cepisa 3,20%
– Celpa 3,60%
– Energisa PB 3,80%
– Celtins 4,50%
– Ceal 4,70%
– Coelba 5,40%
– Energisa Borborema 5,70%
– Sulgipe 7,50%
– Energisa SE 8,00%
– CPFL Sta Cruz 9,20%
– Coelce 10,30%
– Mococa 16,20%
– Ceron 16,90%
– CPEE 19,10%
– João Cesa 19,80%
– Cooperaliança 20,50%
– Eletroacre 21,00%
– Santamaria 21,00%
– Chesp 21,30%
– CSPE 21,30%
– CEEE 21,90%
– Light 22,50%
– CJE 22,80%
– Ienergia 23,90%
– CEB 24,10%
– Elektro 24,20%
– Celesc 24,80%
– Bandeirante 24,90%
– ENF 26,00%
– Escelsa 26,30%
– Cemat 26,80%
– Energisa MG 26,90%
– Eflul 27,00%
– Eletrocar 27,20%
– Celg 27,50%
– DME-PC 27,60%
– Enersul 27,90%
– Cemig 28,80%
– CPFL Piratininga 29,20%
– EDEVP 29,40%
– CPFL Paulista 31,80%
– Hidropan 31,80%
– CFLO 31,90%
– Eletropaulo 31,90%
– Forcel 32,20%
– Caiua 32,40%
– Demei 33,70%
– Muxfeldt 34,30%
– Cocel 34,60%
– CNEE 35,20%
– RGE 35,50%
– Copel 36,40%
– Uhenpal 36,80%
– Bragantina 38,50%
– AES Sul 39,50%
10 Comentários
Que beleza, mais uma vez “tomamos no anel”… Agora vocês entendem quando eu dizia que arroz a menos de R$ 50 era tufo ??? Ou querem que eu desenhe ???
Não precisa seu Flavio,ja estou sentindo um gosto amargo no bolso .
O negócio do futuro é plantar arroz em Pernambuco ( 2,2% de reajuste) e não mais no sul, principalmente em Uruguaiana ( 39,5 % de reajuste)
Olha o brasil sendo igualitário novamente.
Boa Sorte!
Os estados do nordeste que não possuem grande expressão na produção de grãos, quiça pouca influencia na economia do país, a não ser de recebimentos de benesses governamentais (bolsa família em larga escala como exemplo), Prá não dizer sustentados pelos estados do sul, sudeste e centro oeste, talvez por saber “votar” não são penalizados com aumentos monstruosas a que somos submetidos aqui no RGS.
As coisas tem mudar urgente neste país, sob pena de insolvência dos produtores do sudeste e do centro oeste.
Pois é seu Carlos e demais colegas… Quando falamos algo a respeito, o pessoal dos Direitos Humanos nos acusa de Xenofobia… Quando na verdade que está sendo discriminado somos nós… Me parece que a luz está ficando mais cara para não ser tão consumida… Me parece que não estão conseguindo aumentar a oferta energética e estão tomando o caminho inverso, para reduzir a demanda pelo encarecimento do bem oferecido… Não adianta o governo deixar a luz mais barata para eles… Quem produz os alimentos, que abastecem esse país, em sua grande maioria, são os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste… Então a comida vai chegar bem mais cara para os Nordestinos e Nortistas… Não adianta… Eles vão acabar pagando o pato também com o aumento da luz… A inflação vai voltar… Os preços encarecer… A arrecadação aumentar… Me parece que o Brasil vive a cultura da divisão social… Nunca se noticiou tanto sobre disputas entre sulistas e nortistas, brancos-indios-negros, homo e heterossexuais, ricos e pobres… A quem interessa esses conflitos… essa divisão… esse antagonismo??? É uma pena porque quando eu era guri lá na minha terra Itaqui(RS), nosso maior orgulho era defender o Brasil, desfilávamos sete de setembro com satisfação no rosto, estudavamos educação moral e cívica e rezavamos antes de começar as aulas !!! Nossa maior rivalidade era apenas com os hermanos… Lamentável, mas um país dividido acaba por se tornando um país ingovernável !!! Salvem a pátria amada Brasil…
Sou produtor de arroz irrigado e sequeiro do estado do MA, meu estado de origem era SC no qual me mudei já faz 17 anos. Entendo a revolta de vcs produtores sulistas, a indignação é minha também pois não votei nessa infeliz, mas oque acontece é a falta de informação de vcs, a energia aqui subio 3%, se tivesse subido 5% ficaria inviável impossível produzir pois já pagavamos a energia mais cara do Brasil, talvez, não sei, quem sabe agora a energia ai esta o mesmo preço daqui. E esse preconceito contra o nosso Estado é sem lógica, pois o consumo de arroz de um nordestino é pelo menos 4 vezes maior do que um sulista, não somos o maior produtor mas em consumo, então me digam senhores adiantaria produzir sem consumidor, e se não tivesse o nordeste pra quem vcs iriam vender tanto arroz. Eu particularmente iria adorar se separace o Pais, quem sabe assim o arroz de vcs não estragaria o preço do meu produto.
Oremos para que essa chuvarada não venha para cá (leiam o link abaixo sobre as chuvas em Santa Fé- Argentina)???
Quanto está o preço do Kwh-urbano e rural ai no Maranhão seu Reginaldo? Aqui o urbano está R$ 0,415 e com os 39,5% vai para R$ 0,57 e o kwh rural tá um pouquinho menos vai prá R$ 0,50 ( e olha que faltou luz muitos dias durante a aguação) … Praticamente dobraram as contas de luz do ano passado para cá… Vamos fazer um comparativo para conhecermos nossas realidades… Com esse custo o Sr. pode ficar tranquilo, pois o nosso arroz em breve não vai mais atrapalhar o mercado de ninguém… Em breve, assim como ocorre na Venezuela, os consumidores vão formar longas filas para comprar um quilo de arroz, sal, feijão e uma lata de azeite.
http://www.lanacion.com.ar/1772781-tras-las-intensas-lluvias-la-autopista-que-une-santa-fe-y-rosario-esta-interrumpida
Caros colegas produtores estão comentando sobre o aumento da energia ,e o aumento do diesel não podemos esquecer por trás disso (fretes, lubrificante, peças e outros itens como vocês sabem) Será que também vai aumentar o percentual de secagem para aqueles que pagam esse serviço.
E nossas liderança o que estão pensando sobre esses fatos, acho que perdemos de se juntarmos com os caminhoneiros para protestarmos com eles.
Ai Federarroz
Caros amigos, em especial Sr. Flavio Schmidt, em resposta a sua indagação ao companheiro Reginaldo, trago o preço pago antes do aumento à Cemar – Companhia Energética do Maranhão, Kwh = R$ 0,575790. Agora subiu mais 3%, passando para 0,59. Porém, ainda não rebemos a conta com esse presente. Concordo com o amigo Regis, neste quesito – energia – sempre pagamos mais caro. Talvez pelo fato de que aqui existe um tal programa “baixa renda”, onde pequenos consumidores pagam quase nada, enquanto “outros” – NÓS – pagamos nosso consumo e o deles. Não é só neste item que o custo de produção aqui é maior. Imagina a distancia que estamos das fábricas de tudo. Daí pense quanto pagamos a mais desde uma correia até um trator.
Sr. João Felipe, grato pela informação. Por aqui pelo RS, região da CEEE, os valores cobrados nas contas de energia elétrica em 02/2015, são os seguintes: Rural monofásico = R$0,3418181/kWh. Residencial bifásico = R$0,4882/kWh. Residencial trifásico = R$0,5771237/kWh. O senhor poderia especificar se o valor informado se refere a consumidor rural ou urbano, bem como se é ligação monofásica, bifásica ou trifásica? Os demais produtores poderiam também nos informar o valor cobrado em suas contas de fevereiro de 2015, para podermos fazer uma avaliação de custos entre as diversas regiões e companhias elétricas bem como o diferencial entre consumidores rurais e urbanos?