Disputa asiática
Competição e
câmbio afetam
preços globais
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Em julho, os preços mundiais baixaram significativamente em uma média de 6%. É a segunda queda consecutiva e a mais forte em um mês desde dezembro de 2011. Os mercados asiáticos foram particularmente afetados, exceto na Índia, onde a redução foi mais moderada. A competição exacerbada entre exportadores asiáticos continua pesando sobre os preços mundiais.
Além disso, a demanda de importação continua pouco ativa e a depreciação de algumas moedas asiáticas frente ao dólar tende a amplificar este movimento. Por outro lado, os preços estadunidenses e os do Mercosul têm resistido mais, em função de uma redução nas disponibilidades exportáveis.
O Brasil parece ser uma exceção, mostrando uma forte atividade de exportação e preços mais firmes. No final de julho, os preços mundiais começaram a se estabilizar e podem subir nas próximas semanas, estimulados por novas demandas de importação, especialmente do sudeste asiático. Em julho, o índice Osiriz/InfoArroz (IPO) caiu 12,5 pontos para 203,3 pontos (base 100 = janeiro 2000) contra 215,8 pontos em junho. No início de agosto, o índice IPO marcava certa estabilidade a 201 pontos.
MERCOSUL
No Mercosul, os preços de exportação caíram 1%. A produção de 2018 teria diminuído globalmente devido a atrasos no plantio e à redução das áreas plantadas. As exportações brasileiras continuaram progredindo e marcaram um forte avanço de 170% em relação ao ano passado na mesma época. Por outro lado, no Uruguai, as vendas externas teriam atrasos de 10% e na Argentina, até 60%. O preço indicativo do arroz em casca brasileiro se recuperou novamente, em 7%, para US$ 220/t contra US$ 206 em junho. No início de agosto, o preço continuava subindo para US$ 233.