Futuro presidente da Federarroz revela metas

Alexandre Azevedo Velho diz que primeira meta é unir o setor.

Com grandes desafios pela frente por causa de uma crise aguda do setor, o futuro presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul, Alexandre Azevedo Velho, atualmente vice-presidente da entidade, concorre em chapa única e deve ser aclamado em assembleia em Porto Alegre, no dia 15 de maio. Em entrevista à Planeta Arroz ele antecipou alguns dos pontos prioritários de sua gestão e surpreendeu: Para ele, o ponto número um é pacificar o setor.

“Precisamos de diálogo, ouvir todos os movimentos, todos os segmentos da cadeia produtiva e unificar os discursos, fortalecer as demandas e as ações para alcançarmos sucesso e a condição que esperamos para nossa cadeia produtiva”, afirma. Segundo ele, as associações serão fundamentais e também outros movimentos, como o Te Mexe Arrozeiro. “Precisamos dialogar. Sempre disse que as manifestações da base arrozeira nos fortalecem como setor e são importantes para consolidar nossas ações”, resume.

INDÚSTRIA

Para Velho, o diálogo com a indústria é fundamental, ainda que reconheça que em alguns pontos haja divergência. “O importante é formar uma agenda positiva naquilo que concordamos, e concordamos em muitas coisas, e manter o diálogo em busca de consenso ou pelo menos de uma negociação saudável nos pontos em que divergimos”, emenda.

MERCOSUL

Além das questões setoriais, destaca que há algumas demandas que são urgentes: A primeira elencada é uma solução para a concorrência desleal do Mercosul, com uma revisão do acordo para o setor arrozeiro e o estabelecimento ou de cotas, ou de épocas ou de taxas que equalizem e ponham o arroz estrangeiro nas mesmas condições do produto nacional, uma vez que essa porteira aberta afeta as cotações e gera prejuízos aos arrozeiros do Brasil.

SEGURO E ENDIVIDAMENTO

A necessidade de um seguro agrícola eficiente é outro pilar da gestão que começa no final de julho, a equalização tributária entre os estados para o arroz, também é. “Também precisamos de solução pra o endividamento com agentes financeiros e financiadores privados; a revisão do modelo de cálculo do preço mínimo de referência para que realmente represente pelo menos o desembolso na lavoura e sirva de piso em termos reais para a comercialização e apoio à exportação em todos os níveis, desde estrutura logística até uma menor tributação ao longo da cadeia”, reconhece. O fortalecimento e uma solução para as questões que envolvem o Irga, também estão na pauta.

PLANETA ARROZ

A íntegra da entrevista e as prioridades da futura diretoria da Federarroz estará na próxima edição impressa de Planeta Arroz, que circulará em maio e terá distribuição massiva na Expoarroz, em Pelotas.

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