Dólar tem terceira alta seguida e bate novo recorde, a R$ 5,90

 Dólar tem terceira alta seguida e bate novo recorde, a R$ 5,90

A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,54%

Moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,54%, a R$ 5,9007. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,9449..

 O dólar engatou a terceira alta seguida nesta quarta-feira (13) e bateu novo recorde nominal de cotação (sem considerar a inflação), fechando no patamar de R$ 5,90 pela primeira vez. A alta veio após discurso desanimador do presidente do Federal Reserve (o BC dos EUA), e ainda em meio à tensões políticas locais.

A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,54%, a R$ 5,9007. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,9449. Já o dólar turismo chegou a bater em R$ 6,1508, sem considerar o IOF, e fechou a R$ 6,1412. Veja mais cotações.

No mês, a alta acumulada é de 8,47%. No ano, o avanço chegou a 47,16%.

Tensão em Brasília

Seguiu pesando no mercado de câmbio o aumento da tensão política em Brasília, onde advogados e investigadores assistiram ao vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Quatro fontes que assistiram ao vídeo confirmaram à TV Globo e à GloboNews os motivos externados pelo presidente Jair Bolsonaro para exigir a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. 

Segundo esses relatos, no vídeo, o presidente menciona preocupação com a família ao falar da necessidade de trocar superintendente da PF no Rio. De acordo com as fontes, Bolsonaro menciona na reunião que não quer os "familiares” prejudicados.

Ainda por aqui, o mercado reage à revisão divulgada pelo governo federal para as estimativas do Produto Interno Bruto (PIB): a expectativa agora é de um tombo de 4,7% na economia este ano. A previsão anterior, divulgada em março, era de que a economia teria crescimento de 0,02% em 2020.

Cenário externo

Nos mercados globais, ressurgiram preocupações com os riscos de abertura prematura da economia.

O chairman do banco central norte-americano, Jerome Powell, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos podem enfrentar um "período prolongado" de crescimento fraco, acrescentando que o Fed não considera o uso de juros negativos como ferramenta de política monetária.

"Tinha uma expectativa do mercado de que Powell poderia sinalizar juros negativos nos EUA depois que o (presidente norte-americano) Donald Trump renovou as pressões acerca do assunto ontem", disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho. "A fala de Powell frustrou os investidores e fez com que os mercados virassem."

Na Europa, o Reino Unido informou nesta quarta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 2% no 1º trimestre de 2020, na maior retração desde o quarto trimestre de 2008. 

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