Reunião na quinta-feira define futuro do Irga

Proposta foi discutida nesta terça-feira, em reunião dos conselheiros com o secretário da Agricultura do Estado e prevê gestão de um fundo com parte da CDO arrecadada.

 Uma reunião nesta quinta-feira, com o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Luis Antônio Covatti Filho, o secretário estadual do Planejamento, Cláudio Gastal, representantes da Fazenda Pública e conselheiros deve dar rumo a uma proposta de “desengessamento” e selar o futuro pretendido pelo governo ao Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Numa reunião nesta terça-feira, às 14h, entre o secretário Covatti Filho e conselheiros do Irga, o representante do Governo do Estado apresentou uma proposta inicial de criação de um fundo com parte dos recursos da Contribuição para o Desenvolvimento da Orizicultura (CDO), com gestão de uma comissão de 12 pessoas – representantes do Governo e da cadeia produtiva – que permita maior mobilidade de gestão à autarquia.

Segundo avaliação de alguns conselheiros ouvidos pelo site, e fontes do Governo do Estado, a ideia é regulamentar um sistema similar à Fundação Irga, mas com ajustes legais necessários, que permita uma administração mais eficiente e uma participação mais direta da cadeia produtiva, que gera a taxa que que sustenta em 80% as finanças do instituto. A medida será apresentada aos conselheiros com maior clareza na quinta-feira. A crise no Governo do Estado e a burocracia têm sido culpadas por enormes problemas administrativos e prejuízos sérios à pesquisa, bem como um número incontável de demissões e licenças de servidores, a ponto de gerar críticas diretas de dirigentes e funcionários à gestão do governador do Estado, Eduardo Leite.

Embora a reunião com Covatti Filho estivesse marcada há semanas, nos últimos dias, a interferência direta da Casa Civil com nomeações políticas em detrimento do cargo de chefia e assessoria direta dos funcionários de carreira ampliou a tensão. A atual administração do Estado levou mais de um ano para nomear o diretor técnico Ivo Mello, e desde o final do governo Sartori o Irga está sem diretor comercial e industrial, que é justamente quem faz a interlocução entre o instituto e a indústria, que é quem recolhe a taxa CDO.

A proposta é diferente daquela apresentada ao governo Sartori, e segundo fontes do governo e do setor representa um "meio-termo", sem que isso represente privatização. A realidade é que o Governo do Estado não pretende perder arrecadação, mas a cadeia produtiva não aceita mais pagar e não levar. Pressionado, e sem contar mais com a paciência dos próprios apoiadores, o secretário Covatti Filho – e o próprio governador Leite – precisam dar uma resposta ao setor.

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