Baixa liquidez marca primeira quinzena de junho no mercado do arroz
(Por Cleiton Evandro dos Santos, AgroDados/Planeta Arroz) A primeira quinzena do mês de junho está se encerrando com a marca da baixa liquidez no mercado do arroz gaúcho e, por consequência, em todo o sul, que representa 80% da produção nacional, e demais estados do país. Depois de colher uma safra considerada cara, por causa dos altos custos, os produtores esperavam preços mais altos de comercialização – falava-se até em sacas acima de R$ 100,00 -, o que não se tornou realidade até o momento e, neste cenário, torna-se cada vez mais um sonho distante. A indústria também não tem se apresentado com maior volúpia às compras, pois alega não conseguir repassar os valores da matéria-prima ao cereal beneficiado nas comercializações com o varejo. O consumo não mostra reação e mantém-se dentro da normalidade.
As exportações de quase 200 mil toneladas em maio foram uma ótima surpresa. Ainda assim, vale lembrar que as aquisições ocorreram com um dólar travado em condições favoráveis, o que não seria tão fácil agora. E também aproveitaram a pressão de oferta do final da safra e início dos vencimentos de algumas contas das lavouras.
O indicador de preços de arroz no Rio Grande do Sul, mantido pelo Cepea/Esalq e Irga, alcançou R$ 81,63 nesta terça-feira, valor equivalente a US$ 16,79. Acumula 1,35% de retração frente ao primeiro dia do mês. É um momento em que nem os produtores e nem a indústria estão fazendo força para comercializar. Ambos esperam, em posições antagônicas, uma acomodação dos preços em condições mais favoráveis às suas margens de renda.