Mercado mundial de arroz sob pressão devido às colheitas recordes da Índia

 Mercado mundial de arroz sob pressão devido às colheitas recordes da Índia

(Por UKAgroconsult) O mercado global de arroz está enfrentando uma volatilidade significativa devido às restrições à exportação e às colheitas recordes na Índia, que estão pressionando os preços, afirmou Alvaro Duran-Morat, professor associado da Universidade do Arkansas. Segundo o USDA, a Índia estabeleceu um novo recorde de produção de arroz em 2024, com 147 milhões de toneladas (em termos de arroz beneficiado), e suas exportações podem chegar a 24,5 milhões de toneladas, superando o recorde anterior de 22 milhões de toneladas em 2021. Isso levou a uma queda de 29% nos preços mundiais do arroz de grãos longos, especialmente na Tailândia e no Vietnã, para US$ 400 por tonelada.

Os países do Mercosul, incluindo o Brasil, também estão aumentando a produção, o que aumenta a concorrência. Segundo a FAO, o preço de exportação do arroz uruguaio caiu de US$ 800 para US$ 582 por tonelada desde outubro de 2024. A Indonésia, maior importadora de arroz em 2024, com 4,7 milhões de toneladas, reduzirá as importações em 2025 para menos de 1 milhão de toneladas devido ao clima favorável e aos estoques, o que pressionará ainda mais o mercado, disse Durand-Morat.

Nos Estados Unidos, as exportações de arroz de grãos longos nos primeiros nove meses da safra 2024/25 totalizaram 2,29 milhões de toneladas, uma queda de 21% em relação ao ano anterior, devido à concorrência do Mercosul nos mercados mexicano e colombiano. Os preços de exportação nos Estados Unidos caíram 12%, para US$ 650 por tonelada, mas os preços domésticos ao produtor permanecem estáveis, reduzindo as margens dos processadores. O USDA prevê uma produção de 167,2 milhões de quintais em 2025, uma queda de 3% em relação a 2024.

O clima do Arkansas complicou a temporada de plantio, mas o progresso é de 80%, de acordo com Duran-Morat. A queda projetada nos preços ao produtor para US$ 12-13,28 por bushel em 2025/26, segundo o USDA e a FAPRI, aponta para desafios para os produtores devido à concorrência global e à baixa lucratividade causada pelos altos custos e pela queda dos preços.

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