Arroz e feijão podem ter valor elevado após nova crise hídrica

 Arroz e feijão podem ter valor elevado após nova crise hídrica

(Foto: Divulgação)

(Por Terra Economia) Da mesma forma que o setor elétrico sofre com a falta de chuvas no país, o agronegócio também começa a perceber os reflexos da crise hídrica. Dentro do setor que mais cresce no Brasil, a agricultura irrigada, aquela em que a água é aplicada diretamente na raiz das plantas e o tipo mais encontrado para a produção de alimentos para o mercado nacional, já observa um crescimento nos custos e quebra de safra.

A escassez de água pode brecar os novos negócios e que pressiona ainda mais os preços dos alimentos que acumulavam uma alta de 15,27% nos últimos 12 meses até junho.

A CNA (Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil), informou que a situação atual já causa um aumento de cerca de 30% no custo da irrigação em diversos estados. No Sul, representantes do agronegócio projetam perdas de até 50% na produção do arroz e feijão, alimentos mais consumido pelos brasileiros.

Os baixos níveis dos reservatórios somado com a falta de chuva, começam a impactar a produção de alimentos cultivados tanto na agricultura de sequeiro (na qual a irrigação pode ocorrer apenas nos períodos secos) como na agricultura irrigada.

No maior estado produtor, o Paraná, já foi contabilizada uma queda de 20% em comparação com o esperado para a segunda safra de feijão, segundo o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). No Sul do Rio Grande do Sul, as projeções para o começo do plantio de arroz irrigado preocupam.

Fazem três anos que a região recebe menos chuva do que deveria e a barragem do Arroio Duro, principal fonte do lugar, e que reserva água no inverno e na primavera para irrigar no verão, está com 38% de sua capacidade total, quando deveria ter, pelo menos, 70% neste período.

O engenheiro agrônomo e gerente de operações e manutenção da Associação dos Usuários do Arroio Duro, Everton Fonseca, disse que o volume de chuvas está apenas 30% do natural para este período do ano.

O profissional é um dos encarregados pela distribuição de água para três municípios com capacidade para irrigar 20 mil hectares, e concedeu entrevista ao jornal O Globo.

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