Arroz: preço do quilo na América do Sul varia de US$ 0,65 a US$ 3,39
(Por Planeta Arroz*) O Equador está no dilema de importar ou não arroz devido ao aumento de preços que teve este produto altamente consumido em todo o mundo e que aqui tem sido um dos mais baratos do mundo, mas não na região. O governo anunciou a importação de 30 mil toneladas para conter o preço do quintal, que no varejo passou de US$ 32 para US$ 52 nas últimas semanas —o que elevou a libra (450g) para 70 centavos de dólar e o quilo para US$ 1,54 —, mas os produtores se opõem às compras externas e entraram com uma ação de proteção alegando que há arroz, plantado e ainda não colhido, e que o problema é especulação nas indústrias.
“Os produtores pedem que não haja importação de arroz; É aceitável, desde que haja arroz. Mas se os produtores não conseguem cobrir o buraco que temos, temos que importar. Visto as duas camisetas: a dos produtores, mas também devo satisfação aos cidadãos, que não precisam ou podem pagar mais caro pelo arroz”, disse o governador de Guayas, Francesco Tabacchi, em uma reunião realizada na última quinta-feira.
Com a primeira importação de 30 mil toneladas de arroz da Colômbia, o governo espera que o quintal seja vendido por US$ 46,00 no Equador.
Isso que o arroz equatoriano está entre os preços mais baixos no mundo, mas entre os países da região não é um dos mais econômicos. Do mais alto ao mais baixo, o Equador ocupa a 60ª posição, com um valor por quilo de US$ 1,40 (em média), de acordo com o relatório de maio da Global ProductPrices.com . Nessa análise, que inclui 81 países do mundo e toma como referência o arroz branco de grão longo-fino, o mais barato estaria no Paraguai, a US$ 0,65, e o mais caro na Sérvia, com US$ 4,74.
Os preços referenciais do portal, pelo menos com o do Equador, são suportados, pois de acordo com os valores dos supermercados estão entre $ 1,24 e $ 1,82 o quilo, o que equivale a 2,2 libras, pois depende da marca e o tipo de grão.
O preço de suporte do arroz só se aplica entre produtor e indústria.
O presidente da Corporação Nacional de Organizações de Produtores de Arroz (Corpnoarroz), Javier Ronquillo, indica que nos mercados populares a libra está em US$ 0,40; enquanto nos supermercados, a mais de US$ 0,58 ou US$ 0,60, mas isso “antes que suba mais”.
Os dados de Preços dos Produtos têm corte na sexta-feira, 23 de junho, às 16h40, e incluem os países dos quais o Equador importaria o cereal, segundo anunciou o Ministério da Agricultura e Pecuária para proteger a soberania do país: Argentina, Brasil, Colômbia e Uruguai.
Desses quatro países, o Uruguai ocupa o sexto lugar na faixa do mais alto ao mais baixo, com US$ 3,39; antes dele estão os Estados Unidos ($ 3,80), Japão ($ 4,10), Hungria ($ 4,12) e Rússia ($ 4,48).
Por outro lado, o custo de um quilo de arroz do Brasil, Colômbia e Argentina é ainda mais barato do que o do Equador.
Assim, por exemplo, da lista de 81 países, na faixa do maior ao menor, o Brasil está em 66º lugar, com um valor de US$ 1,23 o quilo de arroz; A Colômbia está localizada em 74º e o preço é de US$ 0,91; e a Argentina em 75º lugar, com $ 0,89.
Segundo o portal, para apresentar o valor do arroz, em cada país identificaram a marca líder e recolheram os preços nas maiores lojas de produtos alimentares.
Esses são os países da América do Sul que aparecem no relatório. O Equador está localizado em quarto lugar:
País Preço (US$/Kg)
Uruguai US$ 3,39
Chile US$ 2,10
Bolívia US$ 1,52
Equador US$ 1,40
Peru US$ 1,40
Brasil US$ 1,23
Colômbia US$ 0,91
Argentina US$ 0,89
Paraguai US$ 0.65
Na leitura dos dados do relatório, Ronquillo comenta que o Equador tem uma economia dolarizada e que sempre deixou o custo de produção um pouco mais alto do que em outros países. “A cadeia de distribuição é sempre mais longa no Equador; em outros países, o industrial manda o produto diretamente para o varejo”, explica.
A anunciada importação de arroz seria realizada novamente após 25 anos, segundo o presidente da Corporação dos Industriais de Arroz do Equador (Corpcom), Juan Pablo Zúñiga. “A última vez que o arroz teve que ser importado foi precisamente durante o fenômeno El Niño anterior, 1997-1998.”
Segundo o empresário, na época foram importadas aproximadamente 200 mil toneladas de arroz em casca. 90% dessa carga veio dos Estados Unidos e os outros 10% de outras fontes, incluindo “Guiana e Peru”. (*Com El Universo)
*Nota do editor: a publicação citada na fonte original, Global ProductPrices.com, é baseada nos preços médios praticados nos países em *2020, portanto não refletem a atual realidade do mercado. No Brasil, o quilo do arroz branco, tipo 1, ao consumidor, está atualmente cotado abaixo de US$ 1,00.