Bom no prato, melhor pra saúde

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Nascimento: o arroz só faz bem à saúde

Arroz: cereal nutritivo e só faz bem.

O médico Carlos Adílio Maia do Nascimento, presidente do Instituto Brasileiro de Produção Sustentável e Direito Ambiental (IBPS) e assessor especial do Irga, defendeu durante o I Simpósio Planeta Arroz/Indústria em Foco que o arroz, além de ser muito bom no prato, é um alimento que só faz bem à saúde humana. 

“O arroz é um glicídio de fácil digestão, alto valor energético e índice glicêmico que se caracteriza por absorção lenta e gradual pelo organismo. O arroz é um hidrato de carbono complexo: os hidratos de carbono fornecem energia ao corpo e os complexos mantêm o nível de energia por períodos maiores”, salientou Nascimento. 

Segundo ele, na alimentação com arroz há uma economia de proteínas, pois o corpo não usa a proteína da dieta ou das reservas para abastecer as necessidades de energia quando há um hidrato de carbono disponível. A proteína do arroz é a mais nobre entre os cereais. 

“A fração protéica do arroz, embora quantitativamente pequena, apresenta a melhor composição de aminoácidos para o metabolismo humano entre os cereais. Quando metabolizado, gera menos resíduos nitrogenados, favorecendo a função renal de filtragem desses catabólitos”, observou. 

Nascimento falou aproxima-damente por uma hora e 15 minutos para cerca de 350 pessoas, no auditório de eventos da XIV Fenarroz, gerando grande demanda por suas informações, que reuniram um pouco de história e muito dos valores nutracêuticos do arroz.

 

História

Cultivado pelo homem há seis milênios, o arroz foi trazido do Oriente para a Europa por Alexandre Magno, no século VI a.C. Na Grécia era utilizado como remédio. Nas antigas escrituras gregas existem referências sobre o arroz e historiadores transmitem receitas para doenças dos intestinos, do fígado, problemas ginecológicos como hemorragias, cólicas menstruais e sintomas da menopausa e, ainda, como moderador do apetite em dietas de emagrecimento.

 

Atenção especial às mulheres

Em sua palestra, o médico Carlos Adílio Maia do Nascimento, fervoroso defensor das vantagens nutricionais do arroz, chama a atenção especial do público feminino para algumas constatações. Segundo ele, estatísticas médicas permitem algumas conjeturas, embora ainda sem comprovação científica. 

Um dos exemplos citados diz respeito ao câncer de mama. Esta é a causa maior de mortalidade por câncer em mulheres. Sua ocorrência é de 10 a 20 vezes menor em países asiáticos que nos Estados Unidos e Europa. A causa, segundo Carlos Nascimento, não é genética, pois quando as mulheres asiáticas mudam-se para os Estados Unidos, sofrem aumento do risco de câncer de mama semelhante ao das norte-americanas. 

“Sintomas da menopausa e cólicas menstruais ocorrem com menor intensidade nas asiáticas e o mesmo acontece com a incidência de celulite e obesidade”, compara. O médico Carlos Nascimento ainda cita que todas essas afecções estão diretamente ligadas à ação do estradiol, um dos hormônios femininos. “O hiperestrogenismo, ou aumento da ação estrogênica, está diretamente ligado à incidência dessas doenças, bem como ainda à ocorrência de varizes”, explica. A medicina admite ser a dieta fator importante nesse mecanismo 

Para Carlos Nascimento, é indiscutível que os brasileiros foram aquinhoados com hábito alimentar básico muito satisfatório do ponto de vista nutricional e gustativo. “O arroz com feijão é alimento dos mais equilibrados e gostosos”, lembra. “Com pequena complementação em proteínas essenciais, vitaminas e sais minerais, torna-se dieta balanceada das melhores”, complementa. 

Segundo o médico, diante de todas essas vantagens de uma boa dieta à base de arroz e feijão, lamentavelmente o consumo per capita do cereal vem diminuindo no Brasil nos últimos 30 anos, substituído por fast-food, massas e refrigerantes.

Para saber mais
O arroz e a saúde
– Tem alto valor nutricional. É importante fonte de minerais (fósforo, ferro e potássio) e vitaminas (tiamina, riboflavina e niacina).
– Auxilia na prevenção de doenças do sistema digestivo e do coração.
– Auxilia no tratamento de diabetes.
– Reduz o risco de câncer de intestino.
– Regula a flora intestinal e é antidiarréico.
– É recomendado para alimentação de atletas. Tem médio valor calórico e lenta absorção.
– É hipoalergênico.
– Não contém glúten (é recomendado para celíacos).
– Não contém colesterol.
– É indicado na convalescença de quase todas as doenças.
– O arroz integral é rico em silício (útil na formação dos ossos, na prevenção da osteoporose e em terapia da fragilidade dos ossos).
– Combinado com feijão, pode auxiliar na prevenção de câncer oral.
Fonte: Dr. Carlos Adílio Maia do Nascimento

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