Cabrobó (PE) quer fortalecer plantio de arroz

As ações implementadas pelos Governos Federal e Municipal, na tentativa de estimular a agricultura, principalmente o plantio de arroz, foram enumeradas.

O potencial econômico da cidade de Cabrobó,em Pernambuco, localizada às margens do Rio São Francisco e, hoje, ponto de captação do Projeto de Integração de Bacias, norteou o pronunciamento da deputada estadual Isabel Cristina (PT), na tarde de ontem. As ações implementadas pelos Governos Federal e Municipal, na tentativa de estimular a agricultura, principalmente o plantio de arroz, foram enumeradas.

A deputada informou que, na Aldeia Truká, o Ministério do Meio Ambiente, doou maquinário para beneficiar o produto cultivado pelos índios. O Ministério da Ciência e Tecnologia viabilizou R$ 700 mil, por meio do Instituto Xingó, para construir o Centro de Vocação Tecnológica do Arroz para todos os agricultores, e a Codevasf está implementando uma indústria de beneficiamento, no valor de R$ 500 mil.

Cabrobó chegou a ser referência na rizicultura, mas, desde a década de 1990, passou a contabilizar prejuízos.

– A proposta de integrar as bacias gerou emprego e renda para muitos moradores da região, mas o cultivo do arroz ainda precisará de mais investimentos para voltar a ser uma atividade rentável.

A política comparou o alto custo da produção local. No Estado de Alagoas, por exemplo, gasta-se R$ 2 mil por hectare, para uma produção de nove toneladas de arroz. Em Cabrobó, entretanto, o investimento chega a R$ 3 mil por hectare, para gerar apenas 4,2 toneladas.

– Isso acontece devido ao esgotamento do solo, à salinização e à falta de técnicas modernas para o processo produtivo. O fato se torna mais grave, quando comparado ao cenário do Rio Grande do Sul, onde o produto é muito mais barato e já parboilizado – pontuou.

Isabel informou que nem mesmo as linhas de crédito oferecidas pelos bancos conseguem reverter o problema. Entre os produtores, o índice de inadimplência chega a 80%.

– Rizicultores de Cabrobó me procuraram e tive a oportunidade de participar de uma audiência pública, na qual representantes dos poderes públicos e de entidades como Codevasf, Embrapa, IPA, Banco do Brasil, BNB e associações discutiram soluções para a crise. A cidade merece o olhar atento, que priorize a agricultura como instrumento de desenvolvimento sustentável.

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