Câmbio influencia mais do que Chicago
Então, itens como coronavírus, economia americana, economia chinesa e economia europeia são importantes para determinar os movimentos da moeda brasileira.
De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, os agricultores, principalmente os produtores de soja, precisam estar mais atentos às movimentações do câmbio do que da Bolsa de Chicago. Nesse cenário, a T&F indica que é o câmbio que está garantindo os excelentes preços da oleaginosa nas últimas semanas.
“Para isto, em primeiro lugar, devem ter presente que – 75% da relação real/dólar é feita por fatores externos, mundiais e apenas 25% se devem a fatores internos, brasileiros. Então, itens como coronavírus, economia americana, economia chinesa e economia europeia são importantes para determinar os movimentos da moeda brasileira. Internamente, o desempenho das exportações, a entrada/saída de dólar via exportações, investimentos (entradas) ou remessa de lucros (saída) são itens que devem ser acompanhados regularmente”, informa.
Para os analistas da consultoria, o movimento altista da moeda norte-americana deve acabar. “. Por isto, há que ficar atento e aproveitar enquanto ele durar, porque, se dependermos apenas das cotações de Chicago mais o prêmio, por exemplo, sem esta alta do dólar (considerando para efeito de cálculo a conversão da moeda americana antes da sua elevação, ao redor de R$ 3,85/US$), o preço da soja seria de apenas R$ 63,71/saca posto interior, cerca de 22,30% a menos do que os atuais R$ 82,00, nos estados do RS/SC/PR ou seus equivalentes nos demais estados”, completa.
“É praticamente certo, porém, que o câmbio não vai baixar de R$ 4,10 até 2023, segundo a opinião dos analistas das 100 maiores instituições financeiras do país. Mesmo neste caso, porém, o preço da soja cairia para R$ 67,85/saca. Nossa recomendação, portanto, é que se continue aproveitando os atuais níveis dos preços”, conclui.