Chuva anima produtores na Fronteira Oeste

Com isso, orizicultores já se preparam para uma semeadura maior do que a prevista inicialmente.

Preocupados com a falta de recursos hídricos para o plantio, produtores de arroz tiveram suas expectativas renovadas com a chuva dos últimos dias. As precipitações foram suficientes para aumentar o percentual referente à área que pode ser plantada, que já varia entre 60% e 70% – prognóstico melhor do que os 20% estimados em julho.

Em Bagé, o volume de chuvas que caiu no município desde o início de agosto já supera os 300 milímetros. Com isso, orizicultores já se preparam para uma semeadura maior do que a prevista. Presidente da Associação dos Arrozeiros no município, Roberto Zago afirma que a expectativa é de chegar à totalidade dos 26 mil hectares disponíveis no município.

Já nas terras de João Batista Serafin, 48 anos, a ideia é semear o total dos 440 hectares que possui. A terra já está preparada e as reservas hídricas estão quase cheias.

– Até então estava meio receoso. Deve vir muito mais chuva pela frente e vou usar toda a lavoura – projeta.

No entanto, especialistas ainda sugerem cautela. De acordo com o engenheiro agrônomo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) na Campanha, Jair Mendes Flores Júnior, as precipitações constantes fazem com que o acúmulo de água nas reservas seja maior, ajudando o produtor.

Contudo, mesmo com o volume de água aumentado, Flores aponta que dificilmente as lavouras vão poder receber a totalidade da semeadura até o início de outubro, época considerada ideal para o plantio.

– Deveremos chegar a 85% da área plantada. Se a partir de outubro seguir chovendo o suficiente para semear, mesmo que tardiamente, haverá produtores se arriscando para aproveitar o restante da área – prevê.

Na Fronteira Oeste, o engenheiro agrônomo do Irga Gustavo Hernandes ainda considera insuficiente o volume de água que caiu sobre a região. A estimativa geral é de que 60% da área possa ser plantada, mas o percentual varia entre os municípios – Alegrete com 65% de capacidade para semear e Uruguaiana com 55%.

– É preciso ter cuidado. O produtor tem que ficar restrito ao recursos hídricos disponíveis. Teria que chover mais de 500 milímetros até outubro para que tivéssemos capacida de chegar aos 100% – estima

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