Com mais da metade da área colhida, produtividade do arroz gaúcho apresenta estabilidade

 Com mais da metade da área colhida, produtividade do arroz gaúcho apresenta estabilidade

Colheita passa de 51% no RS

Enquanto na Fronteira Oeste a colheita já se encaminha para sua fase final, em algumas regiões ainda há um longo caminho a ser percorrido.

Segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), 55,7% da área de arroz semeada foi colhida no Rio Grande do Sul. Devido ao plantio antecipado, a região da Fronteira Oeste é a que se encontra mais adiantada, com 81,1% da área colhida.

Apesar das adversidades climáticas que os produtores enfrentaram no início deste ano, como as altas temperaturas de janeiro e fevereiro e as chuvas de meados de março, tanto a área colhida quanto a produtividade média se mantêm dentro dos padrões das safras anteriores. Nesta mesma época, no último ano, 54,4% da lavoura havia sido colhida e a produtividade média era de 7.642 quilos por hectare – contra os 7.842 quilos por hectare deste ano.

Enquanto na Fronteira Oeste a colheita já se encaminha para sua fase final, em algumas regiões ainda há um longo caminho a ser percorrido. Na Depressão Central, por exemplo, a área colhida está em 35,5%, e na Planície Costeira Interna – a região em que o percentual colhido mais caiu, quando comparado às safras anteriores –, produtores colheram 44,2% da lavoura, contra 68,7% do ano passado. De acordo com o consultor do Irga, Rui Ragagnin, esse decréscimo observado em algumas áreas se deve mais à semeadura tardia que às questões climáticas.

Segundo Ragagnin, a estimativa é que a maior parte da lavoura seja colhida até o fim de abril e que a produtividade seja mantida em patamares próximos aos das safras anteriores. “A tendência é que tenha uma queda na produtividade no fim da colheita, como ocorre em todos os anos, especialmente nas áreas plantadas mais tarde. No entanto, as projeções apontam para valores próximos aos dos últimos três anos.” A média de produtividade das últimas três safras é de 7.546 quilos por hectare.

Até o momento, foram colhidas mais de quatro milhões de toneladas de arroz. Segundo Ragagnin, a produção deste ano deve ser 4% superior à registrada na safra passada, devido, principalmente, a um incremento de 3,5% na área semeada. A evolução semanal da colheita de arroz e outros dados sobre a safra podem ser conferidos neste link.

24 Comentários

  • Veremos o que diz o mercado no segundo semestre… se estes números realmente vão se concretizar… tenho grandes dúvidas… mas… para contestá-los eu teria que sair a campo perguntando a um por um dos produtores… gostaria que os produtores que lêem esse semanário se manifestassem nesse espaço e informassem se o IRGA visita a lavoura de vocês a fim de levantamento da produtividade… Vamos fazer a nossa pesquisa virtual…

  • Gostaria de iniciar nossa pesquisa virtual, como sugerio nosso amigo Flavio. Faz 4 anos que nao tenho nenhum contato com nenhum tecnico do irga. Em minha lavoura que esta com 55% colhida, este ano estou tendo produtividade de 6.25 ton/ha considerando que até o mes de janeiro eu considerava a lavoura deste ano melhor que ano passado, quando encerrei a colheita com média geral de 8.6 ton/ha.

  • Como sempre é muito difícil pra quem participa da colheita entrar em consonância com as previsões de alguns institutos, quanto mais a quem não tem a lavoura como lida. Há sempre desencontro de informação e realidade. Gostaria de questionar apenas um ponto da matéria acima, onde diz: ” De acordo com o consultor do Irga, Rui Ragagnin, esse decréscimo observado em algumas áreas se deve mais à semeadura tardia que às questões climáticas.” Ora, mas se a semeadura, segundo reportagens do próprio Planeta Arroz, foi tardia por causa de tempestades e enchentes ocorridas ano passado, que lavou a semeadura e levou sementes e insumos principalemente na depressão central, como assim não foi devido a questões climáticas?

  • Boa noite.
    Em matéria publicada no dia 28 de março no JPRural – http://www.jornaldopovo.com.br de Cachoeira do Sul, Dr. Jaceguay Barros – Gerente regional do IRGA anunciou: “Safra do arroz encaminha-se para bater recorde” com média estimada de 7.500 Kg/ha. Em outro jornal de Cachoeira – o Correio edição de 29 e 30 de março – http://www.ocorreio.com.br foi publicado em primeira página: “Irga aponta queda na produtividade do arroz”. “Pelos números do Irga, a lavoura de arroz de Cachoeira apresenta até o momento um rendimento de 7.047 Kg/ha. Prejuízos em estruturas de irrigação e drenagem, estradas ruins, plantio tardio e calorão intenso prejudicaram a safra neste ano, analisa Jaceguay de Barros”.
    E aí? Qual a informação correta? O presidente da UCR, na mesma matéria, fala em cenário “preocupante”. Colegas Agrônomos extensionistas de Cachoeira falam em produtividade próxima a 6.800 Kg/ha com destaque especial para o “desastre” dos EPAGRIs e IRGA 428.
    Quando encontro colegas produtores no comércio local, o assunto é único: muita falha!
    O que temos de FATO em Cachoeira é isto!
    Abraço

  • Se esqueceram de mencionar que a área colhida até o momento ainda foi plantada dentro da época recomendada, logo logo entraremos nas áreas atrasadas e a produtividade vai despencar, acredito que passe para 6000-6500 kg/há no máximo.
    SOJA NA VARZEA NELES!!!

  • Boa Noite!!
    Caros amigos, fazem 3 anos que o IRGA não liga e muito menos vai até minha lavoura. E na última vez que ligaram, foi perguntando quanto havíamos plantado até o momento. Então, nunca fomos consultados sobre a produtividade na nossa lavoura.
    Quanto aos dados deste ano, tá difícil de acreditar, mas podem anotar perdas de 10% a 20% em todas as lavouras da nossa região. Variedades da Epagri, que mantinham uma produtividade alta, estão decepcionando…
    Abraços e boa colheita a todos!!

  • aqui no litoral sul catarinense os produtores que plantaram arroz do ciclo longo da epagri,estão tendo uma quebra de 30 sacos de arroz na média devido ao calor intenso e tambem por causa da infestação de percevejos.

  • aqui no litoral sul catarinense quem plantou os epagri de ciclo longo esta tendo uma quebra de 30 sacos por hectar na média devido ao calor intenso.

  • Em camaquã, na localidade da Pacheca 6º distrito, domingo retrasado dia 23 do corrente um temporal com ventos de mais de 100 km/h, derrubou galpões, destelhou casas, arrancou árvores centenárias e para piorar mais a situação, colou ao chão mais de 5.000 ha de lav. de arroz prontos para serem colhidos com perda praticamente total, sendo necessário os produtores acionarem os seguros bancários para tentarem pagar suas contas. Fica desta forma o registro, de que 5.000 ha corresponde a 10% da área total plantada com arroz no município.

  • Fazem oito anos que eu planto e nunca fui consultado sobre produtividade.

  • Aqui na nossa regiao estamos hoje na terceira enchente este ano e as lavouras plantadas depois da enchente do ano pasado vao comecar a ser colhidas no fim deste mes. Acredita-se que uns 30% tenha sido colhido em Cacapava ate agora.

  • Em Eldorado do Sul , não é diferente. Nas conversas com outros produtores, é fato comum a quebra de 20 a 30 % , nas lavouras até aqui colhidas. As exceções ficam por conta de lavouras que estão com aproximadamente 10% de quebra, e que são a grande minoria. Estavam com um visual superior ao ano passado, mas quando as máquinas entraram é que se mensurou o tamanho da quebra.

  • aqui na fronteira oeste a realidade e que teremos uma quebra generalizada ,principalmente nas lavouras plantadas em outubro e novembro devido as altas temperaturas de janeiro e fevereiro se fala em ate 20 a 30 porcento.

  • Acho q a produção esse ano não passa de 12 milhões de toneladas… Estoque muito ajustado para o ano, tendência de alta nos preços. Dependemos somente da importação. Tem uma indústria em São Paulo, em Santa Cruz do Rio Pardo, q comprou 90% da safra paraguaia. Abraço

  • Em Dom Pedrito tem uns quantos produtores colhendo 12.000 kg p/ ha. OLHO VIVO PESSOAL.

  • Explica o milagre de Dom Pedrito seu Alexandre… Aliás tenho que dar parabéns!!! E diga com sinceridade que percentual de produtores está colhendo isso que o Sr. fala… Aliás… Se tiver alguém de Dom Pedrito e região peço que confirme se estão realmente colhendo 12.000 kg/ha… E os que não estiverem venham aqui e digam quanto estão colhendo… Sinceridade e franqueza devem pautar este debate… Agora estão falando que a Argentina terá supersafra quando se sabe de fonte segura que a colheita lá está sendo normal… Virou uma guerra de informações na internet… Mas no fundo ninguém sabe quanto vai ser colhido… Muita especulação… disque-disque, mas que pelos relatos “sérios” acima emitidos teremos sim uma quebra bem significativa… Se assim não o fosse o arroz hoje estaria valendo abaixo dos R$ 32… A indústria e o varejo não perdoam quando temos supersafra… A recuperação de preços em pleno março (R$ 34 Cepea… olhem lá no site da Federarroz) é um indicativo bem forte de que a colheita não vai tão bem como preconiza o Sr. Alexandre, mas como o RS é muito grande, temos que setorizar as informações… O conjunto delas nos dá um campo maior de vizualização do todo… Quebra de 20% ou 30%… muitas vezes significa produção dentro da normalidade ou pouco abaixo do que se esperava… mas ainda acho que o Brasil como um todo irá produzir tão somente 11 milhões de toneladas… Se especula 12 milhões, mas isso é para fechar as contas (produção + estoques públicos + importações – exportações -> tem que ser da ordem de 13,5 milhões de toneladas senão falta arroz no Brasil)… POR ISSO INSISTO QUE AUMENTANDO AS EXPORTAÇÕES NÃO HAVERIA RISCO DE EXCEDENTES… Ainda bem que a balança comercial está dando deficitária porque senão o governo iria dar um jeito de sobretaxar as exportações (soja e arroz)… Como de fato houve aumento, mesmo que mínimo, na área cultivada… Temos que concordar com a idéia de que as indústrias já conseguiram se reabastecer e tem estoque para no mínimo 180 dias… O varejo ainda está se reabastecendo…Contas que antes venciam em maio podem ser negociadas ou até parceladas… Custeios comecarão a serem pagos efetivamente em agosto (se proteladas as 2 primeiras parcelas)… A menos que as informações estejam muito desencontradas e poderão estar… Achei muito estranho que a colheita já está quase pronta na fronteira-oeste… Com as chuvas e atrasos… Isso não é normal… É sinal sim de safra fraca… Podemos ter surpresas já no mês de abril… Falo isso porque os estoques das indústrias estavam muito baixos em fevereiro, venderam bastante para o centro do país entre fevereiro e março para fazer caixa… Estão comprando ou estocando para fazer frente aos próximos meses… safra do mercosul não será essa coisas e, principalmente a Argentina prefere mandar arroz para o oriente médio que está com melhores preços e parcerias que aqui… REPITO: É UMA PENA QUE OS PRODUTORES NÃO POSSUEM SILOS PRÓPRIOS. ARROZ NA MÃO DO PRODUTOR É GARANTIA DE PREÇOS MELHOR.

  • Sr. Flavio, vá a Dom Pedrito e comprove, até aqui no site foi publicado uma matéria com o nome de “projeto silêncioso”, a mais de 10 anos os produtores de lá trabalham nesse projeto e isso é ótimo, pois significa maior rentabilidade para o produtor. Temos que divulgar e todos os produtores deveriam seguir esses bons exemplos, buscando aumentar a produtividade ano a ano, sem aumentar a área plantada e consequentemente reduzindo seus custos e assim tornando mais rentável sua lavoura. Mas não, ao invéz disso acham mais fácil reclamar do preço e achar um culpado (a indústria). Digo e repito não adianta só falar em subir preço, como se fosse a única alternativa, sigam os bons exemplos, busquem a tecnologia e envistam nela, o resultado com certeza vem, a prova disto está lá, produtores colhendo mais arroz por ha. OLHO VIVO PESSOAL.

  • sr.alexandre boa noite,aqui no litoral sul catarinense teve produtores que colheram acima de 12500 kg mas isso foi em um hectar, dois.quero ver essa produtividade na média da lavoura,porque falar e simples quero ver é comprovar.

  • aqui na região central, em Candelária vinhamos aumentando a produtividade ano a ano como mencionou o sr: Alexandre que o pessoal de Dom Pedrito.
    ano passado minha produtividade foi de 8.700 kg seco por hectare de arroz variedades epagri em pré-germinado numa área de de 370 hectares utilizando alta tecnologia.
    Mas esse ano aqui é sem igual primeiro uma baita enchente em novembro e depois o calorão de janeiro e fevereiro por isso só para participar da pesquisa informo que as lavouras de antes da enchente q já foram colhidas tive quebra de de 40% e agora comecei a colheita das lavoras semeadas pós enchente e para minha surpresa quebra de 30% também com alta tecnologia.
    o pessoal do irga ja ligou duas vezes durante essa colheita pedindo informação sobre a produtividade.

  • Sr. Flávio, não vá atrás de conversa fiada, os mesmos que sonhavam compram arroz a 30r$ são aqueles que sonham que tem algum município com media de mais de 7500 kgs, que sonhavam que a SOJA não daria certo, o cartel caiu, agora vamos ter concorrência, poucas filas nas indústrias significam o que? Navios atracando no Porto levando nosso arroz em casca a 36r$, safra de soja chegando, vamos sentar em cima do nosso arrozito e vender logo logo a 40r$ eu particularmente acho que por menos de 42r$ não da para vender.
    SOJA NA VARZEA NELES!!!

  • Imaginem se todo mundo resolver aumentar os custos e produzir 12000 kg/ha… Mesmo que nao se aumente a area, vcs acham que os precos vao se sustentar… Infelizmente Sr. Alexandre suas ideias comungas com os interesses da industria e nao dos produtores que estao cansados de transferir renda… Concordo que os produtores descapitalizados e aqueles que trabalham como vassalos de alguns engenhos nao deveriam estar plantando, mas acreditar que todos estao no mesmo nivel de excelencia nao me parece uma ideia tao facil de ser aplicada… Nao se esqueca que ha 2 anos vendiamos arroz a 17 pila… Que 80% dos produtores possuem grandes passivos ate 2025… Investir em tecnologia e aumento dd produtividade e algo que exige capital e possibilidade de risco aumentado…. quantos tem essa capacidade, melhor, quantos produtores podem se dar ao luxo de arriscar e investir alem de suas possibilidades???

  • Aqui em São Borja, com agricultura de precisão, adubação variável, análise de solo em toda propriedade com grid de 1 hectare, equipamentos modernos, mesmo assim tivemos uma queda de produtividade entre 10 e 15% comparado ao ano passado. E o mesmo vale para a maioria dos produtores com quem conversamos, salvo algumas exceções. Via de regra a safra será menor que 2012/2013, tem muito grão falhado, a lavoura é linda mas na hora que a máquina entra é pouco grão pesado.

  • Sr Juliano, gostaria de fazer contato com o Sr. para buscar informações sobre agricultura de precisão em arroz, peço se possível enviar tel p/ contato.

    Grato – 43-99581010

  • Onde estão as notícias da produtividade agora? Quem está no campo sabe, quem ainda está colhendo está na faixa dos 5.000 kg/há, nem com arroz a 45,00 paga conta, porque não se fala nisso??
    R.S vai produzir no fim nem 8 milhões de toneladas e está batendo recorde se exportação, aproveitem e comprem todo arroz agora porque vai acabar e depois só arroz quebrado e velho da contab.

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