Dias melhores virão!

Quando a colheita é farta, o Governo Federal perde-se em complexos mecanismos que beneficiam poucos e não garantem preço mínimo
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É impressionante a capacidade do produtor brasileiro de ter esperanças. Em meio à crise que vive o agronegócio e a ausência de políticas federais sérias, o setor que mais gera riquezas para o Brasil responde com investimento em tecnologia, melhora de índices de produtividade e uma safra cheia no Sul. Não está dissociado da realidade o arrozeiro que afirma estar sendo penalizado pela sua competência. Principalmente no sul do Brasil, que já responde por 65% da produção nacional.

A cadeia produtiva está fazendo, sim, a sua parte. Muitas vezes cortando na própria carne. O Governo Federal, no entanto, aprendeu apenas a lição de resolver problemas de desabastecimento. Basta autorizar importação e isentar ou reduzir alíquotas para determinado produto chegar às prateleiras com preços compatíveis. Mas quando a colheita é farta, sobra alimento para os 30 milhões de famintos do Brasil, para exportar e aumentar as divisas nacionais, o Governo Federal perdese em complexos mecanismos de comercialização que beneficiam poucos e não cumprem o papel básico de garantia do preço mínimo. Não era mais fácil baixar as alíquotas e tributos para facilitar a exportação?

Nos últimos meses foi incontável o volume de acessos ao nosso site, telefonemas, e-mails recebidos pela Planeta Arroz de produtores que faziam a mesma pergunta: existe alguma tendência de melhora nos preços do arroz? Enfim, nesta edição poderemos responder parcialmente a esta pergunta. Respondemos com a mesma esperança que tem o produtor e a confiança nos analistas que consideram a possibilidade de um segundo semestre de preços melhores, talvez em torno do atual preço mínimo. Portanto, se depender dos especialistas, dias melhores virão.

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