Irga divulgará boletins sobre danos da estiagem

(Por Irga) O Instituto Rio Grandense do Arroz fará a divulgação periódica de boletins sobre os danos causados pela estiagem nas áreas de arroz do Estado. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (6), durante reunião do Comitê de Monitoramento da Estiagem do Irga.

Os boletins serão divulgados periodicamente, com informações sobre a situação nas seis regiões arrozeiras do Rio Grande do Sul. Os dados estão sendo coletados pelas equipes de extensão do instituto diretamente junto aos produtores.

Fazem parte do comitê:

  • Presidente: Rodrigo Machado
  • Diretor administrativo: Eduardo Milani
  • Diretor comercial: João Batista Gomes
  • Diretora técnica: Flávia Tomita
  • Gerente do Departamento Técnico: Luciano Medeiros da Luz
  • Meteorologista do Irga: Jossana Cera
  • Os seis coordenadores regionais: André Matos (Zona Sul), Cleiton Ramão (Fronteira Oeste), Cleo Soares (Planície Costeira Interna), Gelson Facioni (Campanha), Pedro Hamann (Central) e Vagner dos Santos (Planície Costeira Externa)

O Irga já é integrante do grupo que debate o problema de estiagem no Estado, que também é composto por membros da Secretarias de Agricultura, Defesa Civil, Obras, Saúde e Meio Ambiente, além da Defesa Civil e da Emater-RS.

Confira o boletim de 7 de janeiro clicando aqui.

O próximo relatório conterá também informações sobre o clima.

Panorama geral das seis regiões arrozeiras:

Região Central

As lavouras de arroz estão 75% em estágio vegetativo e 25% no reprodutivo. Foram identificados até o presente cerca de 8 mil hectares (6,2% do total da região) sem o suprimento adequado de irrigação, com parte dos casos já com solo seco. Tratam-se, em especial, de lavouras que puxam água de arroios e rios de baixa vazão e que ainda dependem de chuvas nas próximas semanas para definirem seus potenciais de produtividade. Podem ser significativamente afetadas pela falta de precipitações. As demais lavoura apresentam bom desenvolvimento e expectativa de produtividades dentro do esperado inicialmente.

Fronteira Oeste

O nível das barragens está abaixo do normal para a época do ano e os rios registram uma vazão inferior à média deste período. Isso tem dificultado a captação de água pelas bombas de irrigação porque diminuem o rendimento operacional dos equipamentos. Vários produtores informam dificuldades em irrigar e alguns já desistiram, priorizando superfícies mais próximas dos canais de irrigação. Também há queixas quanto às dificuldades para realizar a irrigação da soja em terras baixas. As lavouras estão no estágio reprodutivo, exceto aquelas semeadas no cedo, em R2 (emborrachamento).

Campanha

Com 90% da área no estágio reprodutivo (10% no vegetativo) a região confirma perdas de 500 hectares em Cacequi. Os mananciais estão no limite e a irrigação é conduzida com cautela e poupando para alcançar o final do ciclo. Há perdas registradas nas áreas de soja em várzea e áreas abandonadas no sistema de rotação. A estimativa é de redução do potencial produtivo em 20% nesta cultura.

Zona Sul

A situação se agrava à medida em que as chuvas se tornam mais raras na região. Ocorrem até o momento, perdas pontuais tanto no arroz quanto na soja que podem se agravar caso o regime de chuvas não seja normalizado em breve. As lavouras de arroz encontram-se em fase reprodutiva.

Planície Costeira Externa

As lavouras de arroz da região apresentam-se em 95% em estágio vegetativo e 5% no reprodutivo. Os mananciais estão em nível de alerta, em especial pelo aumento da salinidade da água da Lagoa dos Patos na região de Tavares. As lavouras de soja em terras baixas estão iniciando a floração e sofrendo bastante com a estiagem. De maneira geral, as lavouras apresentam um bom desenvolvimento e as próximas semanas serão de extrema importância para enchimento de grãos. No atual momento é difícil quantificar perdas nas culturas, porém se a falta de chuvas prosseguir, podem ocorrer reduções significtivas.

 

Planície Costeira Interna

Cerca de 60% das lavouras de arroz encontram-se no estágio reprodutivo e, de uma forma geral, verificam-se lavouras bem conduzidas e com os tratos culturais em andamento, sem que sejam percebidas deficiências na irrigação, exceto em casos pontuais como canais subdimensionados ou solo mais arenoso com dificuldades na velocidade de irrigação. Os reservatórios estão em níveis normais para a época e as últimas chuvas ocorridas na região têm recuperado um pouco o nível da água. A Planície Costeira Interna têm sido um corredor de passagem de chuvas do Sul – Uruguai – até o Litoral Norte gaúcho.

Na cultura da soja, em razão das últimas precipitações na região, melhorou bastante o desenvolvimento do cultivo que em grande parte está entrando no estágio reprodutivo, que é considerado crítico para o estabelecimento da produtividade na cultura.

(*Observação: embora cite percentuais, o Irga ainda não divulgou dados oficiais sobre a área cultivada com arroz ou soja em terras de arroz, no Rio Grande do Sul. Diante disso,  presume-se que os percentuais digam respeito à estimativa de intenção de plantio divulgada em setembro, que prevê 957.449 hectares de arroz e 408.124 de soja em terras baixas neste ciclo)

 

1 Comentário

  • Muito vago este primeiro boletim/relatório do IRGA, não possui informações que levem realmente a dados considerados confiáveis e bem embasados. Genérico e superficial …..espera-se que os técnicos dos escritórios de todas as regiões produtoras se esmerem e vão a campo efetivamente conferir a real situação de suas zonas de atuação. Por que se for por telefone os levantamentos. ……não é preciso comentar mais nada.!!

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