Orizicultura brasileira vive momento inédito

Nas últimas quatro safras os agricultores não conseguiram cobrir os custos de produção, mas agora têm safra cheia e preço alto em um mesmo ano, um fato inédito nas lavouras do país.

Clima de otimismo entre produtores de arroz no Brasil: o preço da saca aumentou 33% em apenas um mês. Nas últimas quatro safras os agricultores não conseguiram cobrir os custos de produção, mas agora têm safra cheia e preço alto em um mesmo ano, um fato inédito nas lavouras do país.

– Geralmente a fartura no Brasil significa preços baixos. Nós não sabemos conviver com a fartura, o que é errado. Quando se tem bastante produção é motivo de orgulho, alimenta o Brasil e se poderia exportar o excedente. Nós nunca conseguimos fazer isso. Estamos pela primeira vez experimentando essa nova realidade. Espero que a gente tenha a cabeça no lugar e saiba aproveitar essa oportunidade, aproveitar esse caminho, esse ensinamento, para outros anos de dificuldade que certamente virão – comemora Rubens Silveira, diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

A declaração foi feita durante o Congresso do Arroz nas Américas, que foi aberto nesta quarta, dia 23, em Porto Alegre (RS), e pela primeira vez está sendo realizado no Brasil. O encontro reúne produtores, empresários e operadores de mercado de trinta países, onde discutem os recordes da cotação do produto no mercado internacional.

– Se nós avaliarmos o preço do arroz hoje, e eu vou falar em números de 30, 30 e poucos reais a saca de arroz, não é exagerado. O custo de produção foi de R$ 26. Então, ele tem uma rentabilidade de R$ 4, o que não é demais. Mas se nós olharmos pra frente, com a alta dos insumos para a próxima safra ou para o próximo plantio, ele vai dispender muito mais do que isso. O ano que vem certamente o custo de produção vai atingir esses patamares de R$ 30 – avalia Elio Coradini, presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz do Rio Grande do Sul.

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