‘Perdi metade da lavoura’: ventos fortes ‘derrubam’ plantações de arroz no RS

 ‘Perdi metade da lavoura’: ventos fortes ‘derrubam’ plantações de arroz no RS

Foto: Matheo Marques

(Por Marcos Fantin, Globo Rural) A frente fria que causou uma virada brusca no clima dos Estados da região Sul, com pancadas de chuva e principalmente fortes rajadas de vento, causou prejuízos em lavouras. No Rio Grande do Sul, agricultores relataram a ocorrência de acamamento em plantações de arroz, fenômeno em que o vento “derruba” as hastes das plantas.

Matheo Marques, que planta arroz irrigado em São Borja, no oeste do Rio Grande do Sul, já contabiliza perdas em sua propriedade. “Eu tive quase metade de uma lavoura de arroz irrigado acamada, e uma segunda plantação teve de 15% a 20% de acamamento”, disse à Globo Rural.

Na última semana, o volume de chuvas na região de São Borja chegou a 210 milímetros, mas não ocorreram ventos fortes. Na madrugada de quinta-feira, caíram mais 70 milímetros sobre a região, porém com ventanias que contribuíram para o acamamento. “A área afetada foi de 70 hectares, e não é possível recuperar tudo”, contou o produtor.

Marques explica que é possível salvar um pouco da área afetada. “Agora vou tirar a água, esperar secar e colher bem devagar, com a plataforma alta. A ideia é tentar recuperar 60% a 70% da área acamada, mas é um trabalho muito minucioso”, disse. As duas áreas estavam em ponto de colheita. “Se antes era possível colher mil sacos por dia, agora vou colher 500, porque diminui a velocidade”.

Na madrugada e na manhã de quinta-feira (21/3), a frente fria piorou as condições do tempo especialmente no Rio Grande do Sul. Segundo Márcia Seabra, coordenadora-geral de meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), algumas cidades registraram ventos superiores a 140 km/h.

Agora, a frente fria segue em deslocamento ao Sudeste, onde deve causar fortes chuvas e ventanias a partir desta sexta-feira (22/3). Em contrapartida, as cidades do Rio Grande do Sul devem ter um alívio tanto nas chuvas quanto nos ventos.

1 Comentário

  • Essa é situação da metade dos arrozeiros do R D.

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