Queda americana

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Usda projeta redução maior nos grãos médios e pequena no longo fino

Os agricultores dos Estados Unidos reduzirão em 7,5% a área cultivada com arroz na temporada 2022, que será colhida de agosto a outubro. Embora isso indique que o Mercosul terá mais espaço para posicionar-se no comércio internacional frente ao grande concorrente que tem diversas vantagens competitivas, e isso poderá elevar as cotações médias nestes países, em especial no Brasil, os números oficiais não justificam entusiasmo.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) apontou em seu principal relatório de plantio, de 30 de junho, que a lavoura semeada no país é 76,8 mil hectares (7,5%) menor que o previsto em março. Caiu de 1,025 milhão para 948,2 mil ha.

Mas a queda estará concentrada nas lavouras de grãos médios, tipo de arroz que o Brasil e parceiros do Mercosul têm produções mínimas. Era esperada uma redução em torno de 15% a 20% na lavoura estadunidense, sendo de 5% a 7% no arroz longo fino, este, sim, alvo de disputa por clientes entre Estados Unidos, Brasil e Mercosul.

Longo fino
A retração do cultivo do longo fino é prevista em 3,3% e está baseada na substituição do arroz por soja ou milho, mais valorizados e com menores custos de produção. A superfície do “agulhinha” dos EUA será de 770,9 mil hectares, que é 26,5 mil hectares a menos do que em 2021. Por causa do atraso, o excesso de chuvas, frio e até ondas de calor extremas, similares às que ocorreram no sul do Brasil na última safra, os norte-americanos esperam uma queda produtiva entre 4% e 5%, o que reduziria a colheita total (longos, curtos e médios) de 7,22 milhões de toneladas em 2021 para algo entre 6,86 milhões e 6,93 milhões de toneladas.

A área de grãos médios e curtos será reduzida por limitação de água, pelas secas, para a irrigação na Califórnia e será a menor também em quase meio século.

Foram semeados 168,8 mil hectares, uma retração de 20,7% sobre o ano passado. O frio tem atrasado o ciclo e se espera uma colheita levemente abaixo da média em produtividade.

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