RS terá seis refinarias de biomassa
Em breve será ativada uma usina experimental que utilizará casca de arroz e sobras das plantas de florestamento e reflorestamento para a produção da celulose da Metade Sul do RS.
O Rio Grande do Sul poderá contar com seis refinarias a partir do uso de biomassa. A revelação é do empresário Onélio Pilecco, diretor-presidente da Pilecco Nobre Alimentos Ltda., de Alegrete.
Para implementar o projeto a empresa criou o Projeto Inovação Tecnológica no Processamento de Biomassa Arroz e Floresta.
Em breve será ativada uma usina experimental que utilizará casca de arroz e sobras das plantas de florestamento e reflorestamento para a produção da celulose da Metade Sul do Estado.
Os subprodutos servirão de matéria-prima para a produção de sílica, elemento gerador de energia, juntamente com a casca e a palha de arroz.
Recentemente Onélio Pilecco reuniu-se com o deputado Frederico Antunes (PP), com o secretário do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai), Márcio Biolchi e a presidente da Caixa-RS, Suzana Cacuta, para consolidar a parceria com o Governo do Estado.
– Existe um grande interesse no desenvolvimento de tecnologias novas no Rio Grande do Sul – explicou o empresário.
– A idéia é agregar valor à produção primária da Metade Sul, explorando as atividades vocacionais da região – acrescentou Onélio.
A planta piloto funcionará em Alegete e servirá de testes para a produção de energia em escala industrial.
– Será um salto tecnológico muito importante para o Estado poque existe uma corrida mundial em busca de energias limpas, alternativas e renováveis – afirmou Frederico Antunes.
A unidade experimental terá capacidade de produção de cinco megawatts , suficiente para abastecer uma cidade de 33 mil habitantes.
A Pilecco desenvolve o projeto de biomassa, a partir da casca de arroz e de subprodutos do florestamento, através de uma subsidiária, a GEA Geradora de Energia Elétrica Alegrete Ltda. A empresa firmou convênio com instituições de ensino e pesquisa, além de entidades empresariais, com o Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e profissionais liberais.
A viabilidade financeira conta com apoio da Caixa-RS e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A empresa japonesa Mitsubishi Security está integrada para a geração de créditos de carbono, num total de aproximadamente 400 mil toneladas de CO2 pelo período de dez anos.