Safra cheia e preços justos do arroz– o que motivou o equilíbrio da gangorra?

 Safra cheia e preços justos do arroz– o que motivou o equilíbrio da gangorra?

Soares, Schoenfeld e Velho: tecnologia contribuiu para o momento

(Acústica FM) O Conexão Rural, programa de Alex Soares na rádio Acústica FM, de Camaquã, ouviu na manhã deste sábado (1º) o presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do RS (Federarroz), e o engenheiro agrônomo e pesquisador Rodrigo Schoenfeld, do Instituto Riograndense do Arroz (Irga).

Durante a conversa de uma hora com o jornalista Alex Soares, na Rádio Acústica FM, os dois apresentaram as suas visões sobre o atual ciclo da cultura orizícola, cuja colheita está sendo concluída no Rio Grande do Sul.

Para Alexandre Velho, este é o ano da positiva combinação entre produção, produtividade e preços. O dirigente, que justifica a boa valorização da saca na estabilização do consumo interno e externo, comemorou dois fatores relacionados à exportação: o fechamento de mais uma carga de arroz em casca para Costa Rica, cujo embarque deve ocorrer nos próximos dias, e a liberação do aumento da cota de importação pelos mexicanos do arroz produzido no Mercosul, o que beneficiará diretamente os produtores gaúchos, responsáveis pela maior região arrozeira do bloco.

Na sua análise técnica da safra, Schoenfeld apresentou os fatores que proporcionaram a safra cheia. Para ele, uma das razões para as médias terem chegado a inéditos 8,8 mil kg por hectare tem a ver com a redução de área dos últimos anos, com o avanço da soja, com as etapas da lavoura sendo feitas cada vez mais no tempo certo e com a qualidade genético dos materiais.

O agrônomo destacou a contribuição dada até aqui pela variedade Irga 424 RI, semeado na metade das lavouras do Estado. “O 424 RI se mostrou excelente aqui e rompeu fronteiras; é sem dúvida o melhor material que temos em termos de potencial e estabilidade produtiva”, comentou Schoenfeld.

Para o pesquisador o avanço da soja na rotação vem contribuindo em dois flancos para o aumento das produtividades: na melhoria das áreas férteis e na recuperação das terras em que o produtor decidiu não mais usar para o arroz. “Estamos falando em 356 mil hectares de soja implementadas na várzea nesta safra. Na relação como total plantado de arroz isso tem um peso enorme”, comparou.

Para ambos os entrevistados, o conjunto de medidas e posturas adotadas pelos arrozeiros, nos últimos tempos, é que fez a diferença para a melhoria do cenário.

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