100 gramas que valem milhões

 100 gramas que valem milhões

Tailândia: liquidação para reduzir estoques antigos

Demanda global mantém
tendência de aumento
puxado por consumo
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A demanda global de arroz deve aumentar 1,5% na temporada 2016/17, para 502,9 milhões de toneladas, segundo o relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em julho.

O consumo representará a maior parte deste crescimento, representando um avanço de 5,2 milhões de toneladas, para 403,9 milhões de toneladas. Este nível seria suficiente para sustentar um aumento de 0,1 quilo no consumo global de alimentos per capita, que atualmente fica em 54,3 quilos, segundo a FAO.

Da mesma forma espera-se que os volumes destinados à alimentação animal e outros usos (sementes, utilizações não alimentares industriais e perdas pós-colheita) aumentem para 18,2 milhões de toneladas e 80,9 milhões de toneladas respectivamente.

Esforços do Japão, da Coreia do Sul e da Tailândia para colocar os excedentes de produção no Extremo Oriente devem aumentar o uso industrial na temporada nesta região do planeta.

Com esse perfil, a expectativa é de que a demanda global de arroz ultrapasse a produção pelo segundo ano consecutivo. Com isso, os estoques ao final da temporada 2016/17 devem reduzir 4 milhões de toneladas, para 165,5 milhões (em base casca). Os estoques mundiais cairiam, confirmada esta expectativa, de 33,7% para 32,2%.

As quedas de estoques serão mais pronunciadas nos principais exportadores de arroz, especialmente na Índia e na Tailândia. Neste último país há um esforço para reduzir as reservas governamentais que incharam até 2014 com uma política ineficiente de valorização interna do cereal. Leilões mensais vêm sendo realizados para comercializar diversos tipos de arroz, entre eles alguns volumes para consumo animal ou produção de energia, uma vez que não têm mais qualidade para alimentação humana.

Dos cinco maiores exportadores, apenas os Estados Unidos devem experimentar um aumento. Com isso, a relação entre os estoques de grandes exportadores e o consumo deve cair para seu nível mais baixo desde 2007/08, 15,5%. Entre os importadores, Bangladesh, Indonésia, Japão e Nigéria também podem terminar a temporada com um menor nível de estoque, mas alguns desses declínios serão compensados pela acumulação na China (continente), Colômbia, Cuba, União Europeia, República da Coreia e Filipinas.

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