ACA completa 75 anos, no Uruguai

 ACA completa 75 anos, no Uruguai

Dirigentes da ACA (Foto: Divulgação)

(Por El País, Uruguai) A Associação dos Cultivadores de Arroz do Uruguai (ACA) comemorou seu 75º aniversário. O presidente do sindicato, Alfredo Lago, disse que os arrozeiros devem estar “orgulhosos” da institucionalidade do setor e em particular da Associação, fatos que não foram concluídos hoje mas são fruto de um longo caminho que começou em 1947. Recordou, em primeiro lugar, aos pioneiros fundadores da instituição, com Eugenio Topolansky como seu primeiro presidente, passando pelo estatuto que lhe foi concedido em 1949 sob o governo de Batlle Berres e mencionando sobretudo as diferentes gerações de produtores que foram assumindo o papel de direção.

Como grandes pontos fortes, Lago destacou a ampla representatividade da entidade, o conhecimento da pluralidade de produtores e regiões, a cadeia e a robustez na hora de negociar o preço acordado. É preciso destacar que a Associação dos Cultivadores de Arroz é a única instituição agrícola em nível nacional que negocia o preço com a indústria de arroz que os produtores associados receberão. É por esta razão que a integridade e força da entidade adquire especial importância. “A ACA negocia 100% do que os produtores cobram, e isso mostra confiança”, ressaltou Lago.

O presidente não perdeu a oportunidade de colocar a ACA como importante protagonista das políticas setoriais, colocando-a como ferramenta para obter diversas conquistas ao longo dos anos. “Consistência, coragem, resiliência, superação e perseverança” foram adjetivos que se repetiram várias vezes na fala de Lago.

Na presença de várias autoridades, entre ministros, políticos e importantes personalidades do setor privado, Lago deu especial ênfase às ações integradas da cadeia, promovendo o desenvolvimento de pesquisas pelo INIA, setor privado, avanços nos acordos comerciais e, claro, todas as melhorias que o setor arrozeiro gerou para as pequenas cidades do país: infraestrutura, canais de irrigação, eletrificação e estradas.

Alfredo Lago fechou com duas intervenções. Em primeiro lugar, destacando uma informação fornecida pelo economista Alfonso Capurro em estudo encomendado pelo Gremial de Molinos Arroceros (dados divulgados na conferência “Arroz: uma marca-país com desafios crescentes” realizada pelo Rurales El País em 4 de novembro de 2021 na Sociedad Fomento de Treinta y Tres), que coloca o setor como a cadeia do agronegócio que mais agrega valor por hectare no país e nas áreas mais distantes dos principais polos de desenvolvimento

Por fim, Lago encerra com o seguinte trecho de um poema de Ruben Lena, renomado escritor de Olimar:

“E bons amigos têm respeito mútuo por sua missão eterna. E sabem estar juntos e sabem separar. E sabem que os homens, aqueles que cuidam deles com serena vontade, sonham com o dia de ver o mundo retumbante de alegria. E arroz como um Deus protegendo a paz de cada lar. E longe, longe, fomes lendárias de outra era. Por este arroz que cresce em caminho de fraternidade, por este arroz de paz, elevemos nossas almas à mesa mais alta de nossa humanidade”.

O evento foi restringido pelos protocolos da pandemia de Covid 19.

 

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