Colheita nacional se aproxima de 30%

 Colheita nacional se aproxima de 30%

Colheita avança no país

(Por Planeta Arroz*) A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a colheita de arroz avançou para 27,1% da área estimada para a temporada 2021/22 nos seis principais estados produtores do Brasil (Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que representam 87% do total). Os dados foram recolhidos até 19 de março. Na semana anterior, a colheita estava em 22,4%. Em igual período do ano passado, o número era de 35,4%, portanto a colheita é considerada atrasada.

Fonte: Conab

Rio Grande do Sul: as chuvas registradas em muitas das regiões produtoras promoveram a recuperação parcial dos níveis de rios e barragens, além de amenizar o déficit hídrico em diversas lavouras, com aumento da umidade acumulada nos solos. Áreas que já estavam em estágios mais avançados de desenvolvimento não puderam recuperar seu potencial produtivo. A colheita alcançou 20% da área total no fim do segundo decêndio de março, mas foi suspensa em algumas localidades em razão do excesso de chuvas.

Santa Catarina: colheita alcançando cerca de 85% da área total. A incidência elevada de chuvas nos últimos dias limitou as operações de ceifa e também impactou na qualidade dos grãos obtidos em algumas lavouras.

Tocantins: pouco mais de 1/3 da área destinada a rizicultura nessa safra já está colhida. Há registros de talhões ainda inundados, mesmo em fases mais avançadas do ciclo, devido ao excesso de chuvas em algumas regiões. Mas, no geral, a qualidade e o rendimento dos grãos obtidos são classificados como bons.

Goiás: restam apenas alguns talhões a serem colhidos nas regiões de São Miguel do Araguaia e em Flores de Goiás. A ocorrência de precipitações constantes nessas localidades inviabilizou a finalização da sega, mas a previsão é que nos próximos dias as operações sejam concluídas.

Maranhão: as lavouras de arroz sequeiro seguem em pleno desenvolvimento, apresentando boas condições até o momento, beneficiadas pelo clima favorável na maior parte do ciclo. Primeiras áreas iniciando a maturação.

Mato Grosso: a colheita está em andamento, mas, as oscilações climáticas, com períodos de estabilidade e de chuvas acentuadas, fazem com que as operações sejam dificultadas, inclusive com algumas lavouras apresentando grãos com umidade acima do adequado, reduzindo sua qualidade. Todavia, o cenário geral é de boa perspectiva para o rendimento médio da cultura.

CLIMA

Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Os mapas de anomalia do Índice de Vegetação (IV) em relação à média dos últimos 5 anos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul ainda mostram uma predominância de anomalias negativas do IV em algumas áreas, em função da falta de chuvas e as altas temperaturas que afetaram o desenvolvimento dos cultivos de verão entre os meses de novembro de 2021 e fevereiro de 2022. No Rio Grande do Sul, essas anomalias são mais intensas, devido ao maior impacto às lavouras.

No entanto, ao se comparar esses mapas com os de períodos anteriores, percebe-se que houve uma melhora significativa no Índice de Vegetação, em função das chuvas ocorridas entre o final de fevereiro e a primeira quinzena de março. Essa recuperação ocorreu em todas as áreas produtivas dos estados, inclusive resultando em anomalias positivas do IV. As lavouras de milho primeira safra e soja que ainda se encontravam em desenvolvimento, floração e enchimento de grãos foram as mais favorecidas e contribuíram para esse resultado.

Nota-se, através dos histogramas, que, no Noroeste Rio-Grandense, predomina-se lavouras em estádios reprodutivos, em função do seu formato mais abaulado e da maior quantidade de áreas com médios valores do IV, que também correspondem a lavouras que tiveram seu crescimento comprometido. Mesmo com a recuperação do vigor vegetativo, o menor porte das plantas continua resultando num IV menor do que o normal.

Os gráficos de evolução mostram a redução da média ponderada do IV da safra atual, desde dezembro no Oeste Catarinense, quando a maior parte das lavouras de milho e soja encontrava-se em floração e enchimento de grãos. No Noroeste Riograndense houve, nesse mesmo período, a estagnação e desaceleração no crescimento do IV, quando as lavouras se encontravam em desenvolvimento, floração e enchimento de grãos.

Com a recuperação de parte das lavouras e a melhora do Índice de Vegetação no último período, o IV da safra atual encontra-se atualmente próximo da safra anterior e da média histórica nas duas regiões monitoradas. No entanto, os impactos da falta de chuvas e das altas temperaturas podem ser observados nos meses anteriores, quando o IV da safra atual ficou abaixo da safra anterior e da média histórica, em períodos críticos do ciclo de desenvolvimento das lavouras, gerando redução das estimativas de safra.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter