Colheita em Corrientes avança a 54%, mas com muitas perdas
(Por Planeta Arroz*) A colheita do arroz em Corrientes, província responsável por 50% da área semeada na Argentina, começou com um avanço de 54% sobre a superfície projetada para ser colhida. Dada a situação dos incêndios e estiagem em Corrientes, registra-se uma queda na superfície e são esperadas perdas nos rendimentos devido às extremas temperaturas e falta de água, diz a Bolsa de Valores de Rosário em relatório.
No passado, a produção de arroz era cultivada em áreas tropicais da Ásia, mas ao longo do tempo foi se adaptando a diferentes regiões e continentes. A América ocupa o segundo lugar entre os principais continentes produtores de arroz do mundo, com uma participação estimada de 5% da produção global.
Em nível de país, Brasil e Estados Unidos são fundamentais em termos de produção no continente. Em relação ao nosso país, está longe de estar entre os principais países produtores. No entanto, a Argentina possui variedades de alto rendimento, que possuem qualidade superior para a arte culinária, além de serem resistentes a pragas e doenças, o que nos posiciona em uma posição privilegiada como exportador no mercado internacional, explica a reportagem.
A campanha arrozeira 2021/22 já começou no corrente mês de março, com uma área plantada que se manteve estável face ao ciclo anterior em 200.000 hectares , segundo estimativas atuais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pescas (MAGyP).
Em relação à fase de semeadura entre setembro e novembro passado, o andamento dos trabalhos na área estimada situou-se desde o início acima da média dos últimos cinco anos em termos relativos, embora aquém do ciclo anterior durante boa parte da janela de implantação.
Por outro lado, atualmente as tarefas de colheita do cereal 2021/22 já começaram com avanços superiores a 54% da área estimada. Em relação às safras anteriores, a colheita de grãos começou rapidamente, embora tenha havido certa desaceleração nas últimas semanas.
“A partir de 25 de março, encontramos um avanço relativo igual ao ciclo 2020/21, embora acima da média das últimas cinco campanhas na mesma época do ano, que apresentam um recorde médio de 47% respectivamente”, aponta o relatório. Fora.
No entanto, em relação ao estado das culturas, no relatório mensal de fevereiro de 2022 do MAGyP, foi relatada uma perda de superfície na província de Corrientes, devido à intensa seca e, em menor grau, aos incêndios ocorridos. Por sua vez, neste contexto, a falta de água também tem causado irrigação insuficiente, o que resultaria na diminuição do rendimento final, embora ainda não existam estimativas oficiais da produção total.
Como informação adicional, no recente relatório mensal de março, o MAGyP estima, com base na área colhida até o momento, uma produtividade média de 6,5 toneladas/ha para o arroz longo fino. Enquanto para o arroz de largura longa, uma produtividade média de 4 toneladas/ha. Desta forma, os rendimentos são efetivamente inferiores ao esperado devido aos fatores mencionados anteriormente.
Se analisada a situação do balanço do arroz, nas últimas três campanhas verificou-se uma queda dos stocks finais em linha com a maior procura de consumo e exportação. “Dessa forma, o ciclo 2021/22 começaria com os menores estoques desde pelo menos o ciclo 2018/19. Enquanto, pelo que foi mencionado anteriormente, ainda há incerteza quanto ao volume a ser produzido e tonelagens viáveis a serem exportadas apesar de que a área plantada da campanha 2020/21 foi mantida”, detalha o relatório. (*Com Chacra)