7ª Itrc abre com palestra inaugural sobre arroz sustentável, diz Embrapa

 7ª Itrc abre com palestra inaugural sobre arroz sustentável, diz Embrapa

Evento promovido pela Embrapa e IniaUruguai realiza dia de campo nesta terça-feira (12)

Cientistas de 11 países participaram da Conferência e apontaram os rumos e tendências das pesquisas.

A Embrapa em conjunto com o Inia/Uruguai realizam a 7ª Conferência Internacional do Arroz, a 7ª Itrc, até esta quarta-feira (12). A Unidade de pesquisas, em Pelotas/RS, abriu o evento com palestra inaugural no domingo (09), com o pesquisador William Wyn Ellis vindo da Tailândia, que apresentou o case da Plataforma Sustentável de Arroz da ONU. Além desse país, há representantes de mais de dez países, discutindo os avanços da ciência para o arroz mundial.
 
Para o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, sediar esse evento é um marco para o Brasil. “Embora sejamos destaque na produção do arroz na 9ª colocação diante dos países asiáticos, e 1ª colocação fora dos países asiáticos, trazer pessoas de tantos países diferentes e grandes produtores de arroz, altamente tecnificados, irão não somente qualificar nossos pesquisadores brasileiros como nossos sistemas de produção”, destacou. Segundo ele, a 7ª Itrc trará futuros intercâmbios para Embrapa e para o país e ainda confirma a confiança na pesquisa brasileira: “O Brasil não ‘perde pra ninguém’ em termos de conhecimento em sistemas de produção de arroz, principalmente o Estado do RS”.
 
O coordenador técnico da Estação Experimental Terras Baixas, base física da Embrapa no município, que se dedica as pesquisas em arroz e grãos de terras baixas, conta como foi a origem de estruturação do evento. “Começamos as tratativas em 2017, quando nos candidatamos junto ao Comitê Internacional para trazer para o Brasil”.
 
Objetivo da programação planejada
Uma das pesquisadoras da comissão organizadora do evento, Márcia Soares Chaves, fala que a programação foi planejada em três grandes temas: Melhoramento Genético, Agricultura Digital e Intensificação Sustentável. “Esses temas em conjunto trazem a perspectiva para alcançar o grande desafio e mote da 7ª Itrc que é alimentar 10 bilhões de pessoas”, enfatizou Chaves.
 
Os participantes estão conhecendo novas tecnologias apresentadas em palestras e também através de sessões de trabalhos técnico-científicos em pôsteres e orais, oriundos de diversos países. Do Brasil, eles também levarão o conhecimento e a experiência apresentados na tarde de campo, que acontece nesta terça-feira, dia 11/02, na Granja 4 Irmãos, em Rio Grande/RS. Conforme a pesquisadora, os participantes poderão ver um case brasileiro de tecnificação sustentável . “A tecnificação sustentável é produzir mais com menos recursos, na mesma terra, com menos terra, menos água e menos energia. Os recursos naturais serão cada vez mais escassos no futuro, e a ciência do Brasil já está mostrando que será capaz de fazer isso”, completou Chaves.
 
Nesta quarta-feira (12), os participantes da 7ª ITRC vão visitar as vitrines tecnológicas e vitrines de ILP na 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz. Ali, os estrangeiros poderão também verificar o que se produz de inovações tecnológicas em arroz e culturas de grãos de terras baixas.
 
Palestra Plataforma Sustentável do Arroz
Na palestra inaugural foi apresentado o funcionamento da Plataforma Sustentável do Arroz, um caso de sucesso para o mundo. O pesquisador Ellis discorreu sobre a aplicação da Plataforma em países africanos, asiáticos e até na região central do Brasil, apresentando dados e números de desenvolvimento da cultura. William Wyn Ellis é coordenador da Plataforma de Arroz Sustentável do Escritório das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Ásia, Pacífico e Tailândia.
 
A pesquisadora Maria Laura Mattos explicou que o programa desenvolvido pela ONU é um protocolo de boas práticas agropecuárias. “Temos também no Brasil, outro protocolo, oficializado pelo Mapa, que é a Produção Integrada do Arroz (PIA). Fizemos um comparativo entre os dois protocolos, o da ONU e da PIA, e eles se complementam. Os produtores poderiam se beneficiar desse programa pra ter uma visibilidade no Exterior, assim os produtores do Brasil que se inserirem na PIA, automaticamente poderiam se inserir no protocolo da ONU”, avaliou a pesquisadora.
 
Abertura oficial do evento
A 7ª ITRC teve início no dia 9, nas dependências do Clube Brilhante, com recepção aos 160 participantes inscritos no evento, que se estende até esta quarta-feira (12), quando os participantes vão percorrer as lavouras tecnológicas da 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que se realiza na Estação Experimental Terras Baixas, no Capão do LeãoRS.
 
O ato solene foi prestigiado pelo diretor da Fapergs, Odir Antônio Dellagostin, o presidente do IRGARS, Guinter Frantz, o secretário do Desenvolvimento Rural de Pelotas, Jair Seidel, o diretor de pesquisa do INIAUruguai, José Terra, o vic-presidente da Federarroz, Roberto Fagundes, o presidente do Sindicato Rural de Pelotas, Fernando Reischteiner ,o diretor da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel da Ufpel, Dirceu Agostinetto e a diretora técnica da Fapeg, Lígia Pegoraro.
 
Países participantes:
Argentina, Australia, Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Guiana, Itália, Rússia, Tailândia, Uruguai e Venezuela. 
 
Pontos destacados pela Chefia da Embrapa
O chefe-geral, Roberto Pedroso de Oliveira, ao recepcionar os participantes do evento enfatizou números de produção enaltecendo a pesquisa brasileira:
 
+ RS é responsável pela produção de 70% da safra brasileira
 
+ A safra 2019-2020 é estimada em 7,5 milhões de toneladas
 
+ 940 mil hectares
 
+ Movimenta 7,5 bilhões de reais no RS
 
+ Gera 20 mil empregos diretos
 
+ o arroz é a principal matriz produtivaeconômica de 140 municípios gaúchos
 
+ a agropecuária brasileira produz alimentos para uma população de 7 Brasis, ou seja, 1,5 bilhão de habitantes
 
+ a pesquisa brasileira trouxe produtividade à lavoura arrozeira, saindo de uma média de 1.750kgha em 1985 e passando para 6.000kgha em 2019, o que significa, aumentar a produtividade em 3,5 vezes em 35 anos
 
+ a Embrapa já lançou mais de 120 cultivares de arroz para todo o país e mais de uma centena de tecnologias para otimização do sistema produtivo
 
 
 
 
Fonte: Embrapa Clima Temperado

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