Consumo per capita de arroz no Brasil é de 42 quilos por ano
Estima-se em 169 milhões o número de brasileiros que se alimentam com arroz em pelo menos uma refeição por semana. Dessa população, 50% consomem o grão todos os dias. Por ano, o brasileiro, em média, consome 42 quilos de arroz.
Conforme pesquisas conduzidas há 20 anos pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), estima-se em 169 milhões o número de brasileiros que se alimentam com arroz em pelo menos uma refeição por semana. Dessa população, 50% consomem o grão todos os dias. Por ano, o brasileiro, em média, consome 42 quilos de arroz, principalmente do tipo 3 (o grão é classificado em tipos 1, 2, 3, 4 ou 5, de acordo com sua qualidade).
Pesquisas coordenadas pelo engenheiro agrônomo e professor da UFPel Moacir Elias mostra que a preferência do consumidor é pelo arroz branco polido, produzido pela agroindústria no processo convencional de beneficiamento. Em segundo lugar está o arroz parboilizado, preferido por mais de 22% dos consumidores. Por último (entre 3% a 4%), vem o arroz integral ou esbramado, que é apenas descascado e não passa pelo polimento.
A importância que esse tipo de estudo tem para direcionar o produtor e a agroindústria do arroz começou a despertar o interesse dos meios científicos e acadêmico. No Rio Grande do Sul, o maior acervo de informações está no Laboratório de Pós-Colheita, Industrialização e Controle de Qualidade de Grãos da UFPel. A equipe do professor Elias é a responsável pelo Selo de Qualidade do Arroz Parboilizado no Brasil.
Em São Paulo, a Universidade de São Paulo (USP) começa a apresentar resultados de pesquisas em qualidade de arroz e preferência do consumidor, à semelhança do que está também acontecendo com outras universidades em convênio com a Associação Brasileira das Indústrias de Arroz Parboilizado (Abiap), o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e os Sindicatos das Indústrias de Arroz.
O Irga e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) assinaram, recentemente, uma parceria para realizar um estudo aprofundado da cadeia produtiva do arroz no estado. Além de analisar a distribuição do cereal no Rio Grande do Sul e o estabelecimento de políticas para aumentar de consumo, o trabalho vai traçar o perfil mercadológico e as possibilidades de se aproveitarem comercialmente os subprodutos do grão (casca, farelo, quirera).