Arrozeiros interessados no Fome Zero

Setor quer a compra de 500 mil toneladas de arroz gaúcho, pelo Governo, para enxugar oferta na safra..

Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul deverão discutir com o Governo Federal como será conduzido o processo para a aquisição de arroz para o Programa Fome Zero. Conforme Arthur Albuquerque, presidente da Associação Brasileira da Cadeia do Arroz (Abrarroz), os arrozeiros gaúchos querem vender 500 mil toneladas de um total de 750 mil toneladas que estariam previstos para o programa.

“Não foi definido ainda como as compras serão feitas. O leilão não está descartado”, afirmou Albuquerque.

Os produtores do Rio Grande do Sul querem negociar pelo menos dois terços do total que será comprado pelo Governo com o argumento de que o estado é o maior produtor do país, responsável por cerca de 50% da produção nacional. “Em reunião com o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, foi criada uma comissão paritária para organizar os critérios da aquisição”, disse Albuquerque.

Durante o encontro com o ministro, realizado na semana passada, a cadeia produtiva doou uma carreta de arroz (27 toneladas) ao programa Fome Zero. A colheita no estado ainda é tímida e deverá ganhar fôlego a partir da primeira quinzena de março, segundo Albuquerque. A expectativa é de que a produção atinja entre 5,7 milhões e 5,8 milhões de toneladas de arroz, 23% superior dos volumes da colheita da safra 2002/03.

As vendas de arroz para o Fome Zero, se concretizadas, deverão tirar a pressão baixista sobre os preços durante o início da colheita. Procurado pela reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social não soube confirmar se o Governo prevê a compra de arroz para o Fome Zero.

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