Mercado fecha estável esta semana

Semana sem sobressaltos no mercado do arroz em casca e beneficiado. A tendência de queda não se confirmou. Uruguaiana fechou a semana com leve reação, acomodando preços ao patamar das demais regiões.

O encerramento do mercado do arroz em casca no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira 19, mostrou um cenário de calmaria, ao contrário da expectativa inicial. A tendência de baixa não se confirmou e Uruguaiana, que praticava os piores preços do Rio Grande do Sul pelo adiantado estágio da colheita, recuperou-se parcialmente. O arroz acima de 58 de inteiros fechou a semana cotado pouco acima da segunda-feira, garantindo uma expectativa favorável para a próxima semana. Em Itaqui, houve a reação de R$ 1,00 por saco na comparação da semana que passou, prazo de sete a 10 dias para pagamento.

Ao mesmo tempo, aumentou a busca de contratos de CPR e NPR pelos produtores (juros de 1,3% a 1,7% a.m), embora as orientações para EGFs não tenham chegado a todos os bancos na velocidade esperada. A estratégia dos produtores de não vender arroz abaixo de R$ 33,00 a saca de 50 quilos parece estar surtindo algum efeito.

Os produtores ganharam um reforço importante na semana passada. A greve dos fiscais e da Polícia Federal está impedindo a entrada de arroz uruguaio na fronteira com o Brasil, gerando problemas para empresas compradoras do centro do país. As indústrias gaúchas seguem fora do mercado do casca, apenas armazenando e pressionando pela baixa de preços.

Supermercadistas e o atacado do centro do país, de uma forma geral, apenas repõem os estoques ao mínimo. A expectativa deles é de redução nos preços.

O IRGA e lideranças arrozeiras seguem pressionando pela rápida definição do modelo dos contratos de opção privados e liberação do mecanismos para contratação pelos produtores, dentro das condições acordadas na Carta de Santa Vitória do Palmar. Ao mesmo tempo, o valor de pauta do arroz, hoje em torno de R$ 40,00 o saco, deve ser revisto para baixo, para um valor em torno de R$ 33,00.

Além disso, os produtores seguem sendo orientados para não vender o produto abaixo dos R$ 33,00 o saco de 50 quilos (acima de 58% de inteiros), reduzir a oferta e buscar financiamentos para capital de giro, e a manter um acompanhamento estreito do mercado, principalmente na fronteira.

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