Lideranças obtêm apoio político do Governo

Cadeia produtiva quer garantir exportação com o Mercosul e o apoio do Governo Federal.

As lideranças da cadeia produtiva do arroz do Rio Grande do Sul que estiveram reunidas hoje com os ministros do Desenvolvimento, Comércio e Indústria, Luiz Fernando Furlan, e da Agricultura, Roberto Rodrigues, obtiveram o compromisso de interesse do Governo Federal para seus pleitos. Arrozeiros e industriais foram apresentar aos ministros as propostas que estão em andamento no Mercosul, objetivando organizar a cadeia de produção do bloco e obter mercado para exportar o grão.

Agora há pouco, na saída da reunião com o ministro Roberto Rodrigues, o presidente do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), Pery Francisco Sperotto Coelho, disse que além de explicar o trabalho que vem sendo desenvolvido em bloco com o objetivo de desenvolver o setor nos três países, regular o mercado e aportar recursos internacionais, as lideranças gaúchas pediram apoio no sentido de viabilizar a inclusão do arroz entre os produtos que vão integrar um acordo comercial entre Mercosul e a União Européia.

“Estamos buscando mercados com o estabelecimento de cotas de exportação para o arroz uruguaio, argentino e brasileiro”, explica Sperotto Coelho. A partir destas cotas e da estrutura do mercado interno destes países, serão dimensionadas as lavouras de arroz.

Segundo o presidente do Irga, o apoio governamental também foi buscado para fortalecer negociações de exportação em bloco para a América Latina. “O Peru, por exemplo, está importando 300 mil toneladas de arroz e o Mercosul tem potencial de atender parte desta demanda pela autosuficiência de produção e localização geográfica”, frisa.

O Irga está tentando assegurar uma exportação de 70 mil toneladas de arroz este ano, de um total superior a 5,7 milhões/ton que irá colher. A proposta inicial é abrir as portas para um mercado internacional que apresenta demanda crescente e, ao longo dos próximos anos, consolidar esta posição de país exportador e ganhar mercado, mesmo que seja em bloco com a Argentina e o Uruguai.

Entre as vantagens estão o ingresso de divisas (dólares) para a cadeia produtiva brasileira, o enxugamento da oferta (principalmente na safra) e a paridade de preços com o mercado internacional, que se mostra bastante atrativo.

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