Diretor da Federarroz apresenta a numerologia do arroz

O diretor de mercado da Federarroz Marco Aurélio Tavares apresentou hoje em Cachoeira do Sul (RS) a numerologia do arroz, revelando que este ano o Brasil terá cerca de 1 milhão de toneladas no estoque final, praticamente o dobro do ano anterior e suficiente para dar tranqüilidade à comercialização.

O Brasil terá uma produção de 12,1 milhão de toneladas este ano. A projeção foi feita hoje pelo diretor de mercado da Federarroz e assessor do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Marco Aurélio Tavares, durante palestra na 13ª Fenarroz, em Cachoeira do Sul (RS).

Tavares apresentou a numerologia do arroz, revelando que este ano o Brasil terá cerca de 1 milhão de toneladas de arroz no estoque final, praticamente o dobro do ano anterior e volume suficiente para dar tranqüilidade nas comercializações.

Tavares alerta os produtores que é preciso trabalhar com serenidade a gestão de oferta, sem correr atrás para vender. Outra questão importante é o momento da retomada das exportações, já que há uma paridade de preços entre o mercado interno e externo na casa de R$ 34,00.

O empresário Alfredo Treichel, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Arroz Parboilizado, acredita que o Brasil terá um estoque final de até 1,3 milhão de toneladas. A projeção é otimista e sintonizada com a visão dos produtores.

“Nós da indústria somos parceiros para manter os preços em alta”, afirma Treichel, observando que chegou a cancelar negócios para ajudar a luta pela sustentação de preços. “Quem derruba o preço do arroz é o próprio produtor, que quando sente a tendência de baixa corre para vender a safra. É preciso segurar o produto e vender parceladamente para evitar o excesso de oferta. A indústria tem uma margem de lucro média de 5% do produto beneficiado. É claro que é melhor ganhar 5% de uma valor mais alto”, explica Treichel.

O desafio da cadeia produtiva do arroz é enfrentar as oscilações nas tendências de mercado. A inquietação é provocada pelos números da produção, que são o ponto de partida da discussão. Quando há uma maior oferta, a tendência é de queda no preços. Para manter o equilíbrio na cotação, a orientação aos produtores é vender o arroz escalonadamente, evitando o excesso de oferta e a baixa de preços.

Os números finais da produção de arroz no Rio Grande do Sul, segundo levantamento do Irga, é de 6,3 milhões de toneladas, praticamente a metade da produção nacional. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverá apresentar entre os dias 14 e 19 de junho os números finais da safra. No início deste mês a cadeia orizícola considerou excessivo os números projetados pela Conab, dando conta de uma produção de 12,869 milhões de toneladas, um aumento de 24,1% sobre as 10,367 milhões de toneladas colhidas na safra passada.

O diretor de agronegócios do Banco do Brasil, João Carlos de Souza Pinto, orientou os produtores a acompanharem diariamente o mercado para buscar bons negócios. “Ninguém tem bola de cristal”, resumiu Souza Pinto, observando que este é o melhor momento para os produtores comprarem os insumos para a lavoura. “A partir dos mês de agosto e setembro os insumos aumentam em média 26%. Comprar em grupos é uma receita para diminuir custos”, sugeriu o palestrante.

A armazenagem da produção também foi abordada, já que é uma alternativa para reduzir perdas e agregar valores. No Brasil, apenas 8% da produção tem armazenagem própria. Nos Estados Unidos este indicador é de 65%.

OS NÚMEROS DO ARROZ NO BRASIL

Estoque inicial – 550 mil toneladas
Produção – 12,1 milhões de toneladas
Importação – 1 milhão de toneladas
Suprimento – 13,6 milhões de toneladas
Consumo – 12,5 milhões de toneladas
Exportações – 100 mil toneladas
Estoque final – 1 milhão de toneladas

OS NÚMEROS DO ARROZ NO MUNDO

Estoque inicial – 85,6 milhões de toneladas
Produção – 401,8 milhões de toneladas
Importação – 24,6 milhões de toneladas
Consumo – 417,9 milhões de toneladas
Exportações – 25,5 milhões de toneladas
Estoque final – 69,3 milhões

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