Setor arrozeiro aguarda MP do contrato privado

MP do contrato de opção privado deve sair até o final da semana. A dúvida é se o arroz estará incluído junto com milho e trigo.

Os arrozeiros gaúchos aguardam com grande expectativa a publicação no Diário Oficial da União, pelo Governo Federal, da medida provisória que regulamenta o contrato de opção privado para o arroz. O diretor de abastecimento agropecuário do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos, informou que o mecanismo inicialmente será utilizado para milho e trigo, mas que o ministro Roberto Rodrigues deu indicações que deverá estender a modalidade para o arroz, a pedido dos produtores.

José Maria dos Anjos, no entanto, acredita que será desnecessário, pela proximidade da entressafra. Ele acredita que os preços do arroz tendem a subir nas próxima semanas, o que não está sendo indicado pelo mercado no momento.

O diretor de mercado da Federarroz e colunista da revista Planeta Arroz, Marco Aurélio Marques Tavares, aproveitou encontro com José Maria dos Anjos, na semana passada, para apresentar os argumentos do setor arrozeiro. Segundo ele, o comportamento do mercado do arroz justifica o lançamento deste mecanismo de comercialização para sustentar preços. “Hoje, precisamos dele”, argumentou.

Segundo Marco Aurélio Marques Tavares, o setor pedirá proteção do preço, devido à perda de competitividade gerada pela isenção de PIS/Cofins para importação de arroz beneficiado e esbramado do Mercosul.

O presidente da Federarroz, Valter Pötter, esteve reunido com o ministro Roberto Rodrigues na última sexta-feira e acredita que há boas possibilidades do setor ser incluído na MP. “O ministro mostrou-se sensível às nossas críticas, por isso nos convidou para o encontro de sexta-feira, onde reforçamos o pedido de postura governamental ante a depressão dos preços do arroz para o produtor”, frisou.

O representante do Ministério da Agricultura, no entanto, destacou que existem muitos outros mecanismos disponibilizados pelo Governo aos arrozeiros nesta safra. Citou como exemplo o custeio alongado. Nesta safra, o setor tomou R$ 930 milhões, sendo R$ 584 milhões só no Rio Grande do Sul.

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