Começa plantio da safra 04/05 em Mato Grosso

Desde final de setembro o arroz é semeado no Mato Grosso, mas associação dos arrozeiros alerta que a umidade é insuficiente .

Algumas áreas do norte e médio-norte do Mato Grosso, como Sinop, Nova Ubiratã, Cláudia e Porto dos Gaúchos, estão sendo semeadas com arroz, aproveitando as primeiras precipitações que estão sendo registradas de forma isoladas no estado. Nesta nova safra a expectativa é que sejam cultivados 600 mil hectares e produzidas 1,8 milhão de toneladas.

Confirmados estes números, a orizicultura mato-grossense contabilizará uma expansão de área de 15 mil ha, contra os 585 mil ha do ciclo passado, quando foram produzidas 1,5 milhão de t.

O presidente da Associação dos Produtores de Arroz do Estado de Mato Grosso (APA/MT), Ângelo Maronezzi, faz um alerta aos produtores estaduais e pede mais cautela. “Apesar das chuvas, a umidade de solo ainda não é a ideal, as reservas hídricas não são suficientes para o plantio e isso torna os trabalhos arriscados”, aponta.

Maronezzi sugere que os orizicultores segurem o plantio até o dia 10 ou 15 deste mês, quando as reservas hídricas estarão ideais. “Afinal, com custos elevados, não se pode correr o risco de comprometer a qualidade e a rentabilidade dos grãos”, justifica o presidente. Seguindo este calendário, sugerido pela APA, os primeiros hectares estarão colhidos a partir do dia 25 de janeiro de 2005.

Nesta safra os custos de produção na orizicultura estão, em média, 20% mais caros no Mato Grosso, se comparados aos investimentos aplicados no ciclo passado. Maronezzi estima que serão necessários cerca de R$ 1,45 mil a R$ 1,5 mil para custeio de um hectare.

RENTABILIDADE

Angelo Maronezzi acredita que 2005 será o ano da produtividade para qualquer cultura. “Os custos aumentaram muito e a rentabilidade por hectare será o diferencial”, frisa. Ele destaca todo o preparo que foi feito com a introdução de novas tecnologias e difusão de técnicas de manejo entre os produtores. “Acredito que nosso diferencial estará na produtividade, onde esperamos atingir 3,3 mil quilos por ha, em média”.

Além deste otimismo, Maronezzi crê em números ainda mais significativos para algumas regiões produtoras, como Querência, Sinop, Sorriso, São José do Xingu, Santa Cruz do Xingu, Matupá e Alta Floresta, que com aplicação de alta tecnologia, utilização de materiais genéticos de qualidade e manejo adequado podem resultar em até 5 mil quilos/ha.

“Como é uma cultura muito flexível, se comparada às outras, ou seja, obtemos qualidade, com eficiência no manejo, sem que isso resulte em altos investimentos, é possível passarmos de 50 sacas/ha para 80 sacas/ha. Essa é a melhor maneira de diluir custos e manter a qualidade da lavoura”, enfatiza o presidente da APA.

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