Irga realiza roteiro técnico na Depressão Central do RS

Neste ano, 70 propriedades da Depressão Central estão envolvidas com o Projeto de Transferência de Tecnologia para Altas Produtividades do Irga.

Plantar na época recomendada, utilizar densidade de sementes adequada e nutrir corretamente as plantas são pontos-chave para a lavoura de arroz atingir elevados índices de produtividade. Foram estas as recomendações apresentadas nesta quarta-feira 24 pelos técnicos do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) da região da Depressão Central do Rio Grande do Sul, durante o roteiro técnico realizado em seis propriedades localizadas em Rio Pardo e Pantano Grande.

O evento, promovido pelo 5º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Irga, reuniu 40 produtores e teve como objetivo mostrar os resultados alcançados pelos orizicultores líderes, que participam do Projeto de Transferência de Tecnologia para Altas Produtividades, implantado há dois anos pelo instituto.

“Estamos divulgando conhecimentos obtidos pela pesquisa do Irga diretamente nas lavouras comerciais, promovendo a troca de experiência entre técnicos e produtores”, afirma o agrônomo do 5º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural do Irga, José Fernando Rech Andrade, responsável pela coordenação do roteiro.

Ele informou que novas visitas serão feitas nestas propriedades até o início da safra. “Os técnicos e produtores farão acompanhamento permanente desde a fase de implantação das lavouras até a colheita do grão”, detalha. Na avaliação dos técnicos, o incremento da produtividade é o melhor caminho para garantir a sustentabilidade da cultura e renda ao produtor.

Neste ano, 70 propriedades da Depressão Central estão envolvidas com o Projeto de Transferência de Tecnologia para Altas Produtividades do Irga. De um total de 160 mil hectares de lavouras de arroz da região, 9,8 mil hectares são cultivados por este grupo de 70 produtores, sendo que 2,5 mil hectares são de unidades demonstrativas. Andrade considera que o envolvimento de mais propriedades no projeto é fundamental para multiplicar a adoção de tecnologias viáveis economicamente e que apresentam resultados positivos comprovados pela pesquisa.

RIO PARDO

A lavoura da família Rabuski, do município de Rio Pardo, fez parte do roteiro técnico. Com uma área total de 156 hectares cultivados no sistema pré-germinado, Gilberto e seus dois filhos comemoram o desempenho produtivo nas unidades demonstrativas da propriedade. No primeiro ano de implantação a produtividade passou de 5,2 mil kg/ha para 6,7 mil kg/ha. Nesta safra a expectativa é ultrapassar 7 mil kg/ha.

Rabuski diz que pretende cumprir todas as recomendações do Irga. “Plantamos na época adequada – no mês de outubro – e estamos usando menor densidade de sementes”, garante. Além disso, está testando a adubação antecipada total e aplicacação de fertilizantes a base de enxofre. A deficicência do enxofre causa manchas amarelas na plantação, acarrentando perdas significativas nos índices de produtividade.

Conforme o agrônomo Felipe Carmona, neste ano o projeto do Irga está investigando o uso de diferentes dosagens deste nutriente para identificar a quantidade ideal. “No próximo ano analisaremos, junto com os produtores, a época mais adequada para aplicação e as diferentes das fontes de enxofre disponíveis ao produtor”, afirma.

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