Argentina vai baixar impostos para exportar arroz

Enquanto arrozeiros brasileiros querem salvaguardas para evitar o ingresso de arroz muito mais barato do Mercosul, a Argentina se move para tornar seu produto ainda mais competitivo com incentivos fiscais.

O Ministério da Economia da Argentina anunciou que está realizando estudos para reduzir os impostos sobre a exportação de seis produtos alimentícios, entre eles o arroz. A redução deve ficar entre 5% e 10% e inclui ainda o mel, feijão, açúcar, algodão e sucos cítricos.

Até o mês de outubro será aplicado um mecanismo de rebaixamento que pode se converter, a longo prazo, em uma eliminação definitiva do imposto. O Governo argentino estaria abrindo mão de 100 milhões de pesos neste pacote de isenções, mas tornaria significativamente mais competitivos os produtos agrícolas do país.

A Argentina é o segundo maior país exportador de arroz para o Brasil, com cerca de 300 mil toneladas em 2004. A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) move um processo administrativo junto às instâncias econômicas do Governo brasileiro solicitando a criação de salvaguardas (sobretaxas) de até 50% sobre o arroz, mesmo do Mercosul, alegando que Uruguai e Argentina têm custos muito menores de produção por diferenças grandes de tributação, insumos e por um conjunto de incentivos fiscais para a exportação.

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