Até lavouras de arroz estão sem água no Vale do Rio Pardo (RS)
Para a maioria dos orizicultores a expectativa de uma safra excelente devido à presença do fenômeno El Niño de intensidade moderada está virando pesadelo.
Além da falta dágua para consumo humano e dos animais em 70% dos municípios gaúchos, a estiagem que atingiu em cheio a safra de soja no ano passado veio mais cedo e não está poupando nem os arrozais. Segundo informações do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), em Rio Pardo mais de 200 hectares de lavoura foram abandonados pelos produtores porque não há água suficiente para irrigação.
Para a maioria dos orizicultores a expectativa de uma safra excelente devido à presença do fenômeno El Niño de intensidade moderada está virando pesadelo. Quem não tem um bom manancial já começa a contabilizar as perdas.
A necessidade de manter a lâmina dágua na lavoura obrigou o produtor Elvio Mainardi e dar fim a um cartão-postal das margens da RST-287, na divisa de Bom Retiro do Sul com Taquari. Um açude de 200 metros de comprimento por mais de 50 de largura secou, ficando apenas um trapiche e um quiosque de santa-fé. Nos anos anteriores conseguíamos irrigar os 300 hectares de arroz e o açude ainda ficava com dois metros de água. Agora secamos o reservatório e ainda fomos obrigados a puxar também do Rio Taquari. Com isso, o custo de produção será 12% maior”.