Mercosul pode se reunir para debater crise do arroz

Reunião sugerida pelo ministro Aldo Rebelo, da Coordenação Política, foi bem recebida pelo setor no Mercosul e poderá abrir uma janela para negociações.

Representantes da cadeia produtiva do arroz do Brasil, do Uruguai e da Argentina deverão reunir-se nos próximos dias para estabelecer a busca de uma solução negociada para a crise do setor. Hoje o arroz brasileiro é comercializado muito abaixo do custo de produção, com prejuízos estimados em mais de R$ 1 bilhão somente no Rio Grande do Sul, por causa do ingresso indiscriminado de excedentes arrozeiros do Mercosul. Em março, por exemplo, a importação de arroz do Mercosul pelo Brasil bateu o recorde de 80 mil toneladas de arroz, base casca.

O esforço de uma negociação tem remotas chances de evoluir. Os arrozeiros brasileiros não acreditam que os uruguaios e argentinos tenham interesse de estabelecer cotas de exportação para o Brasil na ordem de 200 a 250 mil toneladas do grão, base casca. Isso representaria uma sobra de produto superior a 1 milhão de toneladas nos dois países, que precisariam encontrar mercado.

Além disso, mais de 150 mil toneladas devem ter entrado no país até que o setor se encontre para definir regras. Segundo a Conab, órgão do Governo Federal, o Brasil não precisa importar nenhum grão de arroz este ano, pois há sobras do produto para garantir o abastecimento interno.

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