Arroz ajuda a baixar preço da cesta básica

Preço médio da cesta básica do Dieese caiu em 12 das 16 capitais pesquisadas. Em junho, o arroz manteve a tendência de queda já verificada nos últimos meses e seu preço caiu em 15 capitais.

O preço médio da cesta básica em junho caiu em 12 das 16 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). O recuo do mês passado foi puxado, principalmente, pelas quedas nos preços do arroz e óleo de soja.

As maiores quedas ocorreram nas cestas de Brasília (-7,37%), Belo Horizonte (-6,81%) e Belém (-5,08). Já as altas se concentraram no Nordeste: Aracaju (3,06%), João Pessoa (3,00%), Fortaleza (1,96%) e Recife (1,01%). Com esse movimento, os maiores valores para o conjunto de produtos de primeira necessidade foram apurados em São Paulo (R$ 183,14) e Porto Alegre (R$ 182,05).

No acumulado do ano, o custo da cesta básica registra variação positiva nas 16 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese. As maiores altas ocorreram em Recife (20,69%), Fortaleza (16,41%) e João Pessoa (14,20%). Os menores aumentos foram apurados em Brasília (2,54%), Belém (2,78%) Rio de Janeiro (4,16%) e Porto Alegre (4,18%).

Nos últimos 12 meses -entre julho de 2004 e junho deste ano -, três cidades apresentaram variação acumulada negativa: Natal (-0,11%), Curitiba (-0,32%) e Porto Alegre (-0,56%).

Em junho, o arroz manteve a tendência de queda já verificada nos últimos meses e seu preço caiu em 15 capitais. As maiores retrações ocorreram em Belo Horizonte (-8,78%), Fortaleza (-8,43%), Vitória (-7,95%) e Belém (-7,88%).

Segundo o Dieese, esse comportamento reflete a auto-suficiência do Brasil na produção do arroz, alcançada em 2004. No entanto, o país manteve a importação do produto, em especial de Argentina e Uruguai, que comercializam seu produto por preço inferior ao dos produtores nacionais.

A queda de junho também foi pressionada pelo óleo de soja, cujo preço caiu em 14 capitais, com destaque para Vitória (-8,72%), Porto Alegre (-7,22%), Brasília e Belo Horizonte (ambas com -6,28%). Já o preço do tomate, que subiu em todas as capitais em maio, caiu em 12 localidades em junho, favorecido pelo fator climático.

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