Pesquisa incorpora preocupação com o meio ambiente

O desenvolvimento agropecuário sustentável, incluídas as devidas salvaguardas ao ambiente biogeofísico, é uma reivindicação encampada nos últimos anos por movimentos sociais, instituições e empresas. Indo ao encontro dessas aspirações, a Embrapa Arroz e Feijão participa de projetos institucionais como o Projeto de Gestão Ambiental – uma proposta corporativa da Embrapa – e a Rede de Boas Práticas: credenciamento de projetos de avaliação de biossegurança com organismos geneticamente modificados. Adicionalmente, o centro de pesquisa elabora relatórios periódicos de impacto econômico, social e ambiental para algumas das tecnologias geradas.

A Embrapa Arroz e Feijão é uma das doze unidades-piloto que participa do projeto corporativo de gestão ambiental. Essa iniciativa está sob a coordenação geral da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento, localizada na Embrapa Sede, além de outros cinco centros de pesquisa: Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP), a qual coordena os planos de ação Educação Ambiental e Gerenciamento de Resíduos Gerais; Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro/RJ), que coordena o plano de ação Gerenciamento de Resíduos Laboratoriais; Embrapa Gado de Corte (Campo Grande/MS), que coordena o plano de ação Gerenciamento de Resíduos de Campos Experimentais; e Embrapa Florestas (Colombo/PR), com o encargo de coordenar o Plano de Manejo de Fazendas Experimentais.

Para cada um dos planos de ação citados, serão implementadas atividades dentro da Embrapa Arroz e Feijão, sob a supervisão das unidades coordenadoras. Para tanto, as unidades-piloto contarão com dotação orçamentária para investimento em infra-estrutura e treinamento de pessoal a partir de 2006. Do ponto de vista operacional, a fim de agilizar o trabalho, será nomeado um comitê interno de Gestão Ambiental na Embrapa Arroz e Feijão.

Dentro desse contexto, ações voltadas para a Qualidade Ambiental já estão sendo executadas desde 2004, quando foi adotado na Embrapa Arroz e Feijão um programa de Gerenciamento de Resíduos de Laboratório e Campos Experimentais, meta obrigatória de melhoria de processo.

Os resíduos laboratoriais passaram a ser descartados criteriosamente, pois os produtos advindos das atividades de pesquisa são potencialmente tóxicos, apresentando risco à saúde do trabalhador e ao meio ambiente. Isso vem ocorrendo seja pela substituição de métodos que utilizam grande quantidade de reagentes tóxicos por técnicas analíticas que consomem menos reagentes, seja pela utilização de tratamentos, como a neutralização de soluções ácidas ou básicas que permitem o descarte imediato dos resíduos.

Um dos principais benefícios desse Programa de Gerenciamento de Resíduos Químicos é que se evita o acúmulo desnecessário de resíduos que podem ser tratados na fonte geradora, ficando armazenados somente os resíduos altamente tóxicos, que devem ser manuseados, transportados e descartados por empresas especializadas.

Já os resíduos provenientes dos campos experimentais, que geralmente são as embalagens vazias de agrotóxicos, são armazenados em um galpão adequado para este fim, para posteriormente serem levados à central de recolhimento, tarefa que vem sendo realizada periodicamente.

Com respeito às Boas Práticas Laboratoriais (BPLs), a Embrapa Agroindústria de Alimentos é quem encabeça a iniciativa, da qual integram mais 13 unidades, dentre elas a Embrapa Arroz e Feijão. Nesse caso, o objetivo é diagnosticar e elaborar procedimentos operacionais padrão para que estudos ou pesquisas sejam desenvolvidas em conformidade com normas de qualidade. Neste sentido, a partir de 2005 a Embrapa Arroz e Feijão contratou uma consultoria com a finalidade de auxiliar na implantação de um Sistema da Qualidade (BPLs), fazendo os ajustes necessários e atacando os pontos críticos para alcançar credibilidade.

Com tudo isso, espera-se assegurar à sociedade uma agricultura que respeite o conceito de desenvolvimento sustentável, em que a satisfação das necessidades materiais da geração presente não comprometa a vida das gerações futuras.

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