Brasil e Argentina devem se reunir no Uruguai

O encontro, segundo informações publicadas pelo jornal “Clarín”, o principal da Argentina, está sendo negociado pela cúpula da União Industrial Argentina (UIA) e a Confederação Nacional de Indústrias (CNI).

Empresários do Brasil e da Argentina devem se reunir no fim deste mês em Montevidéu, capital do Uruguai, um território “neutro”. Ali, os dois lados discutiriam as divergências que os confrontaram ao longo dos últimos anos e as formas de combater inimigos comuns, como, por exemplo, a concorrência da indústria asiática.

O encontro, segundo informações publicadas pelo jornal “Clarín”, o principal da Argentina, está sendo negociado pela cúpula da União Industrial Argentina (UIA) e a Confederação Nacional de Indústrias (CNI). A UIA também estaria realizando sondagens com a Fiesp, para que esta associação também envie representantes ao encontro.

Na espinhosa agenda da reunião que seria realizada em Montevidéu, sede da Secretaria do Mercosul, estarão as conversas bilaterais para chegar a um acordo sobre a auto-limitação “voluntária” para reduzir as vendas de determinados produtos brasileiros no mercado argentino e vice-versa.

Entre os produtos de setores “sensíveis” para os argentinos estão os calçados, têxteis e eletrodomésticos Made in Brazil. Do lado brasileiros, a suscetibilidade concentra-se em relação à entrada em massa de vinhos e arroz provenientes da Argentina.

A estrela destas discussões será o Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC), criado recentemente pelo dois governos, que servirá como sistema de salvaguardas, de modo a impedir invasões mútuas de produtos, por meio de um sistema de cotas. O MAC foi criado com a intenção de ser uma ferramenta para resolver impasses, caso não seja possível obter um acordo prévio entre os dois setores empresariais em confronto.

Do lado brasileiro, os produtores de arroz indicaram que poderiam ser os primeiros a solicitar a aplicação do MAC. Do lado argentino, os primeiros poderiam ser os fabricantes de máquinas agrícolas, que sentem-se “invadidos” pelos produtos de seus concorrentes brasileiros. Na agenda proposta pela UIA, a idéia também é a de que empresários brasileiros e argentinos discutam formas de enfrentar – conjuntamente – a concorrência dos produtos chineses.

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